Pongo editou o seu primeiro álbum, "Sakidila", na passada sexta-feira, 1 de abril.
Criado ao lado de uma equipa de produtores que inclui BGRZ, (Damso, Angélique Kidjo), LazyFlow (Vladimir Cauchemar, Kiddy Smile), King Doudou (PNL, J. Balvin), DJ Tony, Thomas Broussard ou Meryl, o disco "soa como um grito do coração para a jovem artista, que reflete uma fusão festiva de kuduro, batidas afro, favela funk ou afro funk", assinala a editora em comunicado.
"Sakidila", que significa "obrigado" em kimbundu, uma das línguas faladas em Angola, "apoia a sua dedicação à mistura de géneros e línguas, uma forma de derrubar todas as barreiras culturais", acrescenta.
O disco será apresentado às 2h30 de 9 de abril no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, no âmbito do festival Sónar Lisboa, e na digressão europeia ao longo do mês, que arrancou em março e vai passar por Bruxelas ou Paris.
A carreira de Pongo na música começou aos 15 anos, quando deu voz ao tema "Kalemba (Wegue Wegue)", dos Buraka Som Sistema.
Em 2019, já com 27 anos, editou o primeiro EP a solo, "Baia", e em 2020 o segundo, "Uwa", editado pela Caroline International.
Pongo entrou no ‘radar’ de vários meios internacionais, como a publicação NME, que a colocou na lista de cem novos artistas que iriam marcar 2020, e a estação BBC Radio 6 Music, que incluiu temas de Pongo na sua playlist.
Em 2020, foi uma das vencedoras dos prémios Music Moves Europe, que distinguem artistas emergentes representantes do "som europeu de hoje e de amanhã".
Nascida em Angola, Pongo mudou-se para Portugal na infância. O gosto pela música e pela dança deve-o à família.
Pongo confessou, em entrevista à Lusa em 2020, que teve "dificuldade em criar uma identidade" para o estilo de música que faz, mas acabou por concluir que "é uma mistura de tudo um pouco", que inclui o que fazia com os Buraka, "que é a evolução, a inovação do kuduro, de um som a partir de Angola, misturado com os ritmos europeus, a eletrónica, a que eles chamaram kuduro progressivo".
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