O prémio para o melhor livro de ficção lusófona distinguiu o romance “Até Que As Pedras Se Tornem Mais Leves Que A Água”, de António Lobo Antunes, o melhor livro de ficção de autores estrangeiros foi para “Homens sem Mulheres”, de Haruki Murakami, e o romance “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, arrecadou o prémio para melhor reedição de obras essenciais da literatura lusófona ou universal, anunciou a rede de livrarias Bertrand.

Cada obra vencedora terá "reservado um lugar de destaque nas livrarias Bertrand, em especial ao longo do ano de 2018", segundo nota da rede livreira.

Na ficção lusófona, no 2.º e 3.º lugares ficaram, respetivamente, “Isabel de Aragão – Entre o Céu e o Inferno”, de Isabel Stilwell, e “Hoje Estarás Comigo no Paraíso”, de Bruno Vieira do Amaral.

Na área de ficção de autores estrangeiros, o 2.º lugar coube a “Origem”, de Dan Brown, e em 3.º “Para Lá do Inverno”, de Isabel Allende.

Nas reedições, classificou-se em 2.º “A Sibila”, de Agustina Bessa-Luís, e no 3.º “Meia-Noite ou o Princípio do Mundo”, de Richard Zimler.

O prémio, atribuído este ano pela primeira vez em três categorias, foi anunciado em finais de fevereiro, e a escolha foi feita a partir de 119 títulos selecionados por leitores e livreiros.

A rede livreira endereçou um "convite pessoal", por via eletrónica, a todos os leitores detentores do cartão Bertrand, cerca de 836.000, e aos livreiros Bertrand, que “puderam votar no seu livro preferido a partir da pré-seleção de 119 livros publicados ao longo dos últimos 12 meses".

As obras foram selecionadas pela Livraria Bertrand, que contou com o contributo dos jornalistas Isabel Coutinho, Marco Alves e Maria João Costa, tendo cada um deles escolhido cinco títulos.

A cerimónia tem lugar no dia 10 às 18:30 na Livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa.

No ano passado, o livro vencedor foi o romance "História da Menina Perdida", de Elena Ferrante, publicado em 2016 pela Relógio d'Água.

A primeira livraria Bertrand foi fundada em 1732, por Pedro Faure, na rua Direita do Loreto, em Lisboa, e mantém-se desde a segunda metade do século XVIII nos n.ºs 73-75 da rua Garrett, no Chiado, também na capital, para onde se transferiu após o terramoto de 1755.

O Guinness World Records reconhece a Livraria Bertrand, no Chiado, como a mais antiga do mundo em funcionamento.