Elias Rodrigues, presidente da direção do CCRS, disse à Lusa que o prémio, instituído em 2003, mas que apenas teve três edições (2003/2004, 2007/2008 e 2012/2013), regressa graças ao patrocínio de um banco e ao apoio do Fundo de Fomento Cultural do Ministério da Cultura.

Instituído para obras inéditas no domínio da poesia, o prémio, no valor pecuniário de 1.000 euros e publicação da primeira edição, será atribuído por um júri que integra Tiago Torres da Silva, em representação da Sociedade Portuguesa de Autores, Manuel Freire, Domingos Lobo, Maria da Purificação e Vicente Batalha.

As obras a concurso terão de ter no mínimo 30 composições e no máximo 50, não excedendo as 50 páginas, podendo o regulamento do concurso ser consultado na página eletrónica do Centro Cultural Regional de Santarém/Fórum Actor Mário Viegas em http://ccr-santarem.pt/.

A obra premiada, cuja primeira edição terá 300 exemplares (50 dos quais para o autor), será anunciada em outubro de 2018, sendo o prémio entregue numa cerimónia que se realizará a 10 de novembro (data que assinala o nascimento de Mário Viegas, em 1948).

Elias Rodrigues disse à Lusa que nesse dia será feita uma homenagem ao ator, falecido em 01 de abril de 1996, sendo que o espaço do Fórum acolherá uma exposição evocativa de Mário Viegas.

O relançamento do prémio será ainda acompanhado de ações de divulgação da vida e do percurso artístico de Mário Viegas em escolas da região, estando igualmente a ser programado um ciclo de cinema temático para decorrer ao longo do mês de novembro de 2018, em colaboração com o Cine Clube de Santarém.

Frisando a “grande participação a nível nacional” que aconteceu nas edições anteriores do prémio, o dirigente do CCRS disse à Lusa haver expectativa que a edição de 2017/2018 supere as anteriores.

O prémio foi instituído em 2003, com o objetivo de “eternizar” o “ilustre escalabitano” Mário Viegas e deveria ter uma periodicidade bienal.

Nascido a 10 de novembro de 1948 em Santarém, cidade onde passou a infância, Mário Viegas foi ator, encenador, “recitador e amante da poesia”, de que foram exemplo os programas televisivos “Palavras Ditas” e “Palavras Vivas” e as inúmeras gravações, tendo ainda fundado três companhias de teatro e participado em mais de 15 filmes.

O professor e escritor José Hugo Santos, de Torres Novas, venceu a primeira edição do prémio com a obra “Nossa Senhora do Homem”, tendo a segunda edição distinguido “O Livro da Casa”, do advogado e escritor Fernando Cabrita, residente em Olhão.

“O Musgo dos Dias”, do historiador, escritor e jornalista Nuno Gomes dos Santos, foi o vencedor da terceira edição.