“Dor fantasma”, do escritor brasileiro Rafael Gallo, o romance vencedor do Prémio Literário José Saramago 2022, sobre um pianista virtuoso que se dedica inteiramente a buscar a perfeição na sua arte, vai ser publicado pela Porto Editora.
Chegará também às livrarias, pela mesma chancela, a segunda e última parte da saga sefardita “A Aldeia das Almas Desaparecidas”, de Richard Zimler, com o subtítulo “Aquilo que Procuramos Está Sempre à Nossa Procura”, bem como o romance “Memória de Rapariga”, da Nobel Annie Ernaux, no qual evoca as férias de verão de 1958 e a primeira vez que passou a noite com um homem, editado pela Livros do Brasil.
No que respeita à poesia, a Assírio & Alvim vai publicar um volume com toda a poesia de Luiza Neto Jorge, ampliando a antiga recolha com textos inéditos e dispersos recém-recolhidos, assim como vai lançar o primeiro de dois volumes evocando toda a “Obra Poética” de Pedro Homem de Mello, um dos mais importantes poetas da Geração da Presença, com organização de Luis Manuel Gaspar.
A Dom Quixote publica em março "A Arte de Driblar Destinos", de Celso José Costa, vencedor do Prémio Leya 2022, uma saga familiar que reflete o mundo social do interior do Brasil.
Na mesma chancela vão sair no próximo mês o “Manual do Bom Cidadão”, de Jorge Solei, um livro para compreender e lidar com a atual cultura de cancelamento, "Histórias Naturais", de Primo Levi, e "Uma Colheita de Silêncios", livro de poesia de Nuno Júdice.
A escrita do Nobel Abdulrazak Gurnah regressa em março com o romance “O desertor”, editado pela Cavalo de Ferro, uma das suas obras mais conhecidas, que evoca o complexo ambiente social, religioso e cultural da África Oriental na época colonial, através da reconstrução de duas histórias de amor.
Na mesma altura, a Alfaguara publica o mais recente romance da escritora estónia Sofi Oksanen, “O parque dos cães”, uma história sobre as ruínas da identidade humana, psicologicamente tensa, que aponta o foco a uma rede de exploração do corpo feminino.
Na Elsinore vai sair “Internato”, de Serhij Zhadan, uma narrativa que a critica apelidou de “jazz verbal”, que conta a história de uma perigosa viagem travada por um jovem professor que quer levar o seu sobrinho do internato para casa, através de uma cidade transformada em cenário de guerra.
Outra novidade da chancela é “Limpa”, estreia em Portugal da escritora chilena Alia Trabucco Zéran, “romance-sensação”, como foi apelidado pela crítica, escrito de “modo original, que renova o conflito de classes projetando-o no quadro da intimidade familiar”, descreve a editora.
Este é também o mês de mais um volume da Bíblia traduzida por Frederico Lourenço, será o Volume V – Tomo 1, pela Quetzal, que vai publicar também “Contra a Amazon e outros ensaios sobre a humanidade dos livros”, de Jorge Carrión.
A Presença tem como destaques o romance “Três”, novo livro de Valérie Perrin, autora de “A Breve Vida das Flores”, e “O Olhar Mais Azul”, primeiro e controverso romance da Nobel Toni Morrison, pela primeira vez publicado em Portugal.
Entre as novidades da Relógio d’Água conta-se “Feiticeira da Lua, Rei Aranha”, o segundo volume da trilogia de fantasia criada por Marlon James, iniciada com “Leopardo negro, lobo vermelho”.
“O Fim do Mundo Clássico: De Marco Aurélio a Maomé”, de Peter Brown, “Discursos Edificantes”, de Søren Kierkegaard, “Ensaios”, de Robert Musil, “Os Poemas”, de Konstandinos Kavafis, e “Nove Histórias”, de J. D. Salinger, são outros livros que a editora planeia publicar no próximo mês.
A Orfeu Negro prepara-se para editar “Welcome to paradise”, do ilustrador, performer visual e cartoonista António Jorge Gonçalves, que aqui partilha as páginas dos seus diários gráficos, com desenhos de turistas em Lisboa.
Outra novidade desta editora é o lançamento de um livro de Angela Davis intitulado “Mulheres, raça e classe”, uma obra seminal e revolucionária, reflexão obrigatória dos estudos feministas, que faz convergir as lutas feministas com as lutas antirracistas, segundo a editora.
A Antígona tem reservado para março o romance “A Voz do Dono”, de Stanisław Lem, traduzido diretamente do polaco, um clássico aclamado e densamente filosófico em torno da sobreinterpretação e das limitações do conhecimento face ao insondável, bem como o breve e polémico ensaio “Livres de Obedecer”, de Johann Chapoutot, obra que revela os laços entre o quadro mental da eficiência nazi e a gestão contemporânea.
“Pança de Burro”, da espanhola Andrea Abreu, é um dos destaques da Bertrand, a história de amizade, paixão romântica e despertar do desejo erótico entre duas raparigas, por uma autora de 26 anos que foi selecionada pela revista Granta como uma das melhores escritoras com menos de 35 anos da literatura espanhola e hispano-americana contemporânea.
Março traz ainda outras duas estreias nesta editora: “Uma Luz no Escuro”, um ‘thriller’ de Stacy Willingham, e “O Covil de Pompeia”, romance histórico de Elodie Harper.
A editora Guerra e Paz vai apostar este mês em “Sede”, da francesa Amélie Nothomb, que foi recebido com grande êxito internacional e que já foi convertido em peça de teatro, com estreia marcada para março em Paris, e no derradeiro romance de Rudyard Kipling, “Kim”, uma obra que reúne história e ficção, humor e poesia, Oriente e Ocidente.
Nas Edições 70, serão publicados a obra filosófica “Física”, de Aristóteles, e “A Última Tentação de Cristo”, do escritor grego Nikos Kazantzakis, obra que já foi adaptada ao cinema por Martin Scorsese.
Na Saída de Emergência, o mês de março vai ficar marcado pela publicação de “Gild”, de Raven Kennedy, o primeiro de três livros de fantasia romântica, que constituem a grande aposta da editora neste género literário.
Serão publicados ainda “O Império Otomano e a Conquista da Europa”, um trabalho histórico de Gábor Ágoston, especialista neste tema, e “Rendez-vous com Rama”, de Arthur C. Clarke, primeiro livro da série de ficção científica “Rama”, que tem já um filme em preparação, realizado por Denis Villeneuve.
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