“Another Rose” pretende dar a conhecer e refletir sobre a história e missão de um grupo ativista – o Gulabi Gang - fundado por mulheres, com sede em Uttar Pradesh, no norte da Índia, que pretende funcionar “como uma resposta à violência sistémica e à discriminação generalizada” que pende sobre as mulheres naquela sociedade.

“Em formato documental e musical, este projeto será um cântico de resistência e união transversal, um espaço de compaixão transformada em ação política e humana”, acrescenta o comunicado.

O júri, composto por Magda Bizarro, Patrícia Portela, Rui Horta e Rui Torrinha, considerou o projeto “Another Rose” “inovador e pertinente, desafiando o diálogo com o grupo ativista Gulabi Gang, pelos direitos da mulher na Índia”.

Criada em 2018, em homenagem ao papel pioneiro da atriz e encenadora Amélia Rey Colaço na história do teatro português, a bolsa que tem o seu nome é atribuída anualmente e visa apoiar jovens artistas e companhias emergentes.

Com um montante de 22.000 euros, a bolsa é promovida conjuntamente pel’A Oficina (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), o Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) e o Teatro Viriato (Viseu).

O valor do prémio destina-se a apoiar a produção do projeto vencedor, que terá ainda acesso a quatro residências artísticas, em Guimarães, Montemor-o-Novo e Viseu.

O espetáculo terá estreia no Teatro Viriato em 2022 e será depois apresentado nos restantes espaços parceiros da bolsa.

A 4.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço recebeu 44 candidaturas, das quais o júri selecionou oito para entrevistas.

“Parlamento Elefante”, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça, “Aurora Negra”, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Iracema, e “Ainda estou aqui”, de Tiago Lima, foram os projetos vencedores das edições anteriores da bolsa Amélia Rey Colaço.