Em comunicado, o realizador explicou que a ideia do álbum "nasceu em plena pandemia" e foi impulsionada por uma revisão de arquivos pessoais e digitalização de "muitas dezenas de cassetes" do tempo em que foi músico, nos anos 1980, no circuito musical 'underground' em Nova Iorque, onde viveu.

O álbum, de jazz, funk e 'spoken word', foi gravado ao longo de 2021 entre Lisboa, Nova Orleães, Nova Iorque (Estados Unidos) e Bahia (Brasil), convocando um naipe de músicos portugueses e estrangeiros, destacando-se o trompetista norte-americano Graham Haynes, com quem Bruno de Almeida trabalhou há mais de trinta anos.

A biografia oficial refere que teve um duo experimental com Graham Haynes e tocou guitarra no projeto de jazz vanguardista Graham Haynes & No Image, e "numa linha mais tradicional do jazz", teve um duo com Sérgio Pelágio, participou na Saheb Sarbib Unit e co-fundou em 1982 o quinteto jazz-rock Contrabanda.

Conhecido sobretudo pela faceta de realizador, Bruno de Almeida nasceu em Paris em 1965 e viveu entre Lisboa e Nova Iorque.

É autor de filmes de ficção como "The Lovebirds" (2007), "Operação Outono" (2012) e "Cabaret Maxime" (2018) e dos documentários "A arte de Amália" (2000), "Bobby Cassidy" (2009) e "Fado Camané" (2014).

Em "Cinema Imaginado", que é publicado em edição de autor, entram ainda o saxofonista Ricardo Toscano, o trompetista Frank London, o pianista Luís Figueiredo, os guitarristas Mário Delgado e Tó Trips, o baixista Mário Franco e os percussionistas Eron Gabriel Barbosa dos Santos, Humberto Mateus, Cicero Mateus, Wesley Victor Santiago e Wilton Vieira Lima, entre outros.

A capa de "Cinema Imaginado" é do fotógrafo chileno Camilo Jose Vergara, captada nos anos 1970 no bairro de Bronx, em Nova Iorque.