Sem qualquer fala, o espetáculo criado por Ricardo Neves-Neves e Rui Paixão, que interpreta, acaba por se tornar numa viagem alucinante que integra dança, performance, mímica e teatro, nas várias tentativas de libertação por que passa a personagem.

"Um espetáculo onde a fantasia é assumida como material de trabalho e a ficção é valorizada na arte", disse Ricardo Neves-Neves à agência Lusa quando da estreia da peça, em junho último, sublinhando que "Hamster Clown" foi pensado desde logo para ser feito sem texto.

Trabalhar sem texto era uma vontade do encenador, que já nos habituou a espetáculos em parceria com a música, para a qual ganhou coragem no verão de 2020, depois de conhecer o trabalho de Rui Paixão, artista que, em 2019, era a figura central de um espetáculo do Cirque du Soleil, em cena na China.

Num cenário futurista, onde impera o verde e não faltam estátuas renascentistas, corujas assustadoras ou aspiradores endiabrados, “Hamster Clown” é um espetáculo entre o riso e o terror, o 'nonsense' e o sentido da vida que junta teatro, dança e performance ao longo do qual é possível descortinar sonhos, pesadelos, confinamentos e libertações.

Com encenação de Ricardo Neves-Neves e interpretação de Rui Paixão, “Hamster Clown” tem cenografia de José Manuel Castanheira, figurinos de Rafaela Mapril e sonoplastia de Sérgio Delgado.

As esculturas são de António Gonçalves, Álvaro Jesus, Helena Fernandes, Bruno Bordalo, Hernâni Miranda e Cristóvão Neto.

A peça terá três representações no auditório do Centro Cultural da Malaposta: na sexta-feira e sábado, às 21h00, e, no domingo, às 16h30.

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