
Até junho, a dupla de artistas vai trabalhar nesta estada a que chamou "Infiltração", num processo de experimentação coletiva com a equipa do TBA, que inclui atividades paralelas e intervenção nas rotinas de produção e programação do teatro.
O projeto de seis meses culminará em junho, com a estreia da peça para cinco intérpretes "Escala", segundo um comunicado de imprensa do TBA.
A dança tem lugar entre 23 e 25 de janeiro, com "O que não acontece", espetáculo de 2018, estreado no Festival Alkantara, que funciona como síntese de muitas das preocupações formais da dupla: a relação do gesto com o texto dito e cantado, o modo como os objetos influenciam o movimento, a escrita como ato performativo ou ação coreográfica.
"Trata-se de uma síntese da própria vida, do que é viver, destruir e construir com o outro, do que é estar em cena partilhando com o público uma intimidade. Síntese, sobretudo, do que ficou por fazer. Sem pausas, sem espaços em branco, sem pontuação", segundo a sinopse divulgada pelo TBA.
Entre 7 e 9 de fevereiro, será a vez da apresentação das 'performances' "Dispositivos", que “serão um momento de teste e uma tentativa de desvio dos modos habituais de criação de Sofia e Vítor, bem como uma oportunidade para incluir outros artistas”.
As 'performances' vão ser apresentadas por todo o edifício do teatro, e algumas baseiam-se em premissas simples de improvisação de movimento e texto, enquanto outras incidem na ideia de prática ou exercício, ou dependem de partituras que podem ser ativadas pelas pessoas do público numa lógica participativa.
Entre 26 e 28 de março, nas 'performances' "Otus Scops", o público é convidado a assistir a uma composição de vários elementos musicais e sonoros das peças anteriores de Sofia Dias e Vítor Roriz.
Esses elementos serão articulados numa lógica próxima da de um concerto, aproveitando-se para fazer algumas experiências corais que poderão servir de ponto de partida para o trabalho previsto na continuação deste projeto, a estrear em junho.
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