Pedro Barreiro, diretor artístico do Teatro Sá da Bandeira (TSB), disse à Lusa que, na linha que vem imprimindo desde há dois anos, de aposta em “linguagens mais ousadas” e diversificadas, e de desafio a criadores locais, a programação do TSB até ao final do ano oferece todos os meses propostas de várias áreas e expressões artísticas.

Preocupado com apresentar uma oferta “muito eclética” e em “alicerçar” a produção local, Pedro Barreiro lamenta que faltem os recursos para dar continuidade, pelo menos para já, ao ciclo "Criação e Linguagem", que nos últimos dois anos juntou em Santarém artistas e pensadores cruzando diversas áreas de criação.

Na programação para este mês, o TSB recebe, dia 11, André Uerba, artista formado em Design Gráfico que vive entre Lisboa e Berlim, com “Terrarium”, espetáculo que esteve em novembro último no espaço Alkantara, em Lisboa.

Vinda de Bruxelas, a também portuguesa Rita Morais apresenta, dia 18, “Longo Curso”, um espetáculo de teatro/performance/dança que passou em novembro pela rua das Gaivotas, em Lisboa, e que em Santarém conta com a participação do Grupo de Danças Académicas.

A partir de 24 de fevereiro, o TSB acolhe o projeto “Nova/Velha Dança”, do coreógrafo João dos Santos Martins que, até 17 de junho, procura “colmatar um vazio” em relação à dança e à coreografia na programação da cidade de onde é natural.

O ciclo começa com uma “Timeline”, instalação/exposição/investigação/conversa, no Bar/Galeria do TSB, com várias iniciativas agendadas nos quatro meses de duração do programa, e o espetáculo “3Soli de Vera Mantero”, coreógrafa “proeminente do movimento a que se deu o nome de ‘Nova Dança Portuguesa’”, cujo percurso poderá ser “visitado” numa exposição, “Dança de Existir”, de 30 fotografias e registos videográficos de alguns dos seus trabalhos.

Dia 04 de março, Sónia Baptista apresenta a conferência/performance “Assentar sobre a Subida das Águas”, seguindo-se, dia 11, no âmbito do ciclo “Nova/Velha Dança”, duas apresentações de João Fiadeiro, uma “conferência-performance”, às 17:30, e uma “peça-tese”, às 21:30, seguidas de uma conversa com a investigadora Paula Caspão, integrada na “Timeline”.

Nos dias 16 e 17 de março, o grupo de teatro da livraria infantil “Aqui Há Gato”, de Sofia Vieira, revela “o mundo por trás da magia do teatro” com “Uma aventura no teatro”, espetáculo que percorre os vários espaços do TSB.

A banda escalabitana Vira Casaca atua a 25 de março, regressando a música a 06 de maio, com música clássica interpretada por João Barata (piano) e Pedro Silva (violoncelo), ambos distinguidos com o prémio Jovens Músicos.

Para 01 de abril está agendado um espetáculo construído a partir dos “Textos do Abocalipse”, de António Aragão, numa parceria entre Rui Lopes e Pedro Barreiro que vai contar com um texto escrito por Alberto Pimenta, a que se deverá seguir uma conversa sobre "poesia irreverente e de resistência" em Portugal.

Teresa Silva e Filipe Pereira, dois coreógrafos da “geração de 2010”, apresentam dois trabalhos no dia 06 de abril à noite, sendo os protagonistas da conversa na “Timeline” do ciclo “Nova/Velha Dança” no dia seguinte.

Nos dias 08 e 09, o Veto Teatro Oficina apresenta uma reconstituição histórica que assinala os 126 anos do Correio do Ribatejo, seguindo-se nos dias 13 e 14 mais uma edição do “Um ao Molhe”, festival itinerante de “one-man-bands”, com três concertos em cada noite, salientando ainda Pedro Barreiro a programação de cinema alternativo proporcionada todas as semanas pelo Cineclube de Santarém.

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