Jesse Hughes, vocalista dos Eagles of Death Metal, voltou a falar sobre os ataques terroristas de Paris. Para o cantor, alguns dos funcionários do Bataclan, sala de espetáculos onde atuava a banda no dia 13 de novembro, suspeitavam que poderiam haver atentados naquela noite e, por isso, faltaram deliberadamente ao trabalho.

"Descobri que seis [funcionários] não apareceram. Parece-me óbvio que eles tinham um motivo para não aparecer", disso Hughes à FOX. "Quando cheguei à sala e entrei, passei por um homem que era o suposto segurança dos camarins. Ele nem olhou para mim", contou o músico, acrescentando que pediu ao ao promotor do espetáculo para que o segurança fosse substituído.

"Por respeito à investigação policial, não vou fazer uma declaração definitiva, mas acho que eles tinham uma razão para não aparecer", sublinha o vocalista dos Eagles of Death Metal.

Em comunicado divulgado pela Variety, um representante da sala de espetáculos acusa Jesse Hughes de estar a "espalhar algumas acusações muito graves e difamatórias contra as equipas do Bataclan". "Todos os testemunhos recolhidos até hoje provam o profissionalismo e a coragem dos agentes de segurança", sublinha o Bataclan, acrescentando que centenas de pessoas foram salvas graças ao trabalho da equipa.

No dia 13 de novembro, o grupo atuava no Bataclan, para cerca de 1500 espectadores, quando um grupo de jihadistas entrou na sala de espetáculos e abriu fogo indiscriminadamente, matando 90 pessoas, entre as quais o agente comercial da banda, Nick Alexander, e três membros da produtora.