A poucos dias da partida para o Brasil, como se sente?
Pensava que ia ter tudo controlado, mas devo confessar que estou um bocadinho ansioso porque esta viagem acaba por ser um marco na minha vida. Não chega a ser uma emigração assumida, é uma emigração académica, mas largar tudo o que tenho aqui não é fácil.

Quando começam as aulas?
Começam precisamente em agosto. Não vou ter férias, estou agora a acabar o meu segundo ano do Conservatório e vou começar o primeiro semestre do terceiro ano na UNIRIO - a Universidade Estatal do Rio de Janeiro, logo a seguir, em agosto, através do programa Erasmus.

A sua namorada Iva Domingues fica por cá. Como vai ser?
Espero que consigamos conciliar a distância da melhor forma. Vamos fartar-nos de usar as redes sociais e presencialmente as coisas também vão proporcionar-se. Estou à espera de várias visitas de amigos e principalmente da Iva, claro.

Já tem tudo organizado no Brasil? Já sabe onde vai ficar, por exemplo?
Estou a começar a organizar tudo agora, mas a casa já está garantida – não não vou ficar a dormir debaixo da ponte…

Nesta aventura no Rio de Janeiro o que o preocupa mais?
Sobretudo a integração. Sendo um elemento de fora, é normal que seja um elemento diferente. Também me preocupa a segurança.

Esteve a gravar no Dubai uma participação especial na novela “Mar Salgado” (SIC). A sua personagem vai ter continuidade enquanto estiver no Brasil?
Tenho uma data limite para ir para o Brasil, que é em agosto. Até lá ainda devo gravar algumas cenas para os primeiros episódios. Ainda não sei se a personagem voltará ou não à novela, isso ficará a cargo da imaginação da autora.

Vai tentar alguma oportunidade de trabalho no Brasil ou vai dedicar-se apenas aos estudos?
Vou ser sincero. Não vou ter tempo para trabalhar. Vou ter uma carga horária muito pesada, de segunda a sexta-feira, das nove às seis, e vai ser extremamente extenuante e cansativo. Obviamente, não fecho as portas a um eventual trabalho, mas vou com intuito de estudar, instruir-me e cultivar-me a mim próprio.

E se lhe aparecer um convite irrecusável?
Não fecho as portas às oportunidades. Mas pensei muito neste passo da minha vida e quero muito cumprir este semestre. É muito importante para mim enquanto ator, porque vou crescer e evoluir, e também enquanto ser humano, porque vou conhecer outras pessoas e novos métodos. Teria de pensar muito bem…