De acordo com informação divulgada hoje pelo ICA, a lista de candidaturas admitidas apresenta 1.198 projetos, nomeados apenas com o título – há 18 sem título -, sem identificação da respetiva autoria.
Entre os projetos admitidos estão, por exemplo, “Migrações – Um encontro com a diversidade”, “Mil anos de comédias – Histórias de Portugal”, “Salazar hip hop” e “Das Brigadas Revolucionárias às Forças Populares de abril (FP25)”, mas também uma candidatura intitulada “Cristiano Ronaldo e as sardinhas assadas” e outra com o nome “Ricardo Salgado – Demasiado grande para falir, demasiado grande para julgar”.
“Fábrica – Uma história do futebol operário português”, “Zeca Afonso – Uma estátua de febre a arder”, “O amor é ficção científica”, “Outra vez atum?” e “Cidade dos lobos” são outros projetos admitidos.
A parceria entre o ICA e a plataforma de ‘streaming’ Netflix, anunciada em abril passado, pretende apoiar, com 155 mil euros, “os dez melhores projetos” de séries de ficção ou documentário, apresentados por “argumentistas e autores residentes em Portugal”.
Segundo o regulamento, haverá uma pré-seleção por um júri português, mas será a plataforma Netflix a selecionar os projetos a serem financiados, atribuindo 25 mil euros a cada um dos cinco melhores e seis mil euros a cada um dos restantes.
O júri que fará a pré-seleção dos projetos – e anunciará os resultados até 30 de julho - integra a diretora de conteúdos da Netflix, Verónica Fernández, adjunto de comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian, Luís Proença, o escritor Possidónio Cachapa, a jornalista Isabel Lucas e o realizador Jorge Paixão da Costa.
Este apoio financeiro foi anunciado numa altura em que o setor do audiovisual estava também praticamente paralisado por causa da pandemia da covid-19, com adiamento ou cancelamento de rodagens, que estão agora a ser lentamente retomadas.
Em março, a revista Variety anunciava que a plataforma de 'streaming' iria criar um fundo de 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) para apoiar "profissionais da comunidade criativa que ficaram sem emprego e sem recursos, durante a crise causada pelo novo coronavírus".
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