John Cleese levantou a ponta do véu do que se pode esperar do surpreendente regresso de "Fawlty Towers" ("A Grande Barraca" em Portugal).
Esta semana, ficou a saber-se que a estrela dos Monty Python aceitou ressuscitar a lendária 'britcom' britânica mais de 40 anos após o fim da segunda e última temporada e depois de muitas recusas, preparando-se para escrever novos episódios com a sua filha, a comediante Camilla Cleese.
Agora com 83 anos, Cleese diz que Basil Fawlty, o maníaco proprietário de hotel cujo mau humor e arrogância arrancaram muitas gargalhadas a gerações de espectadores, vai transferir-se da pequena cidade britânica de Torquay para as Caraíbas, onde vai dar as boas-vindas a muitas pessoas cheias de dinheiro e é um local "mais divertido e muito mais diferente" para uma versão moderna da série.
"Se colocamos nas Caraíbas, vai ser muito multi-racial. As pessoas no setor hoteleiro vêm de todo o lado, portanto podemos juntar muitas pessoas diferentes. A característica do 'Fawlty Towers' era a atmosfera de panela de pressão criada no hotel", recordou num programa do canal GB News na quinta-feira à noite.
O comediante também reagiu a uma manchete do jornal The Guardian (alinhado com a esquerda política britânica) de que a nova série era uma má ideia e seria um "pesadelo anti-woke".
"Obviamente que eles sabem melhor do que eu sobre o que vai estar nela. Talvez devessem escrever um episódio para mim que considerassem aceitável. Pode não ficar muito engraçado, mas tenho a certeza que realmente agradaria a alguns dos seus leitores", comentou.
"A ideia de que tudo será sobre o 'woke' não me tinha passado especialmente pela cabeça", acrescentou.
A nova série, que deverá começar a produção em 2024, será uma parceria com a produtora norte-americana Castle Rock Entertainment, do ator e cineasta Rob Reiner, e adivinha-se uma guerra entre plataformas de streaming e canais tradicionais nos EUA e Grã-Bretanha pelos direitos de exibição.
Por agora, Cleese tem uma certeza: "Fawlty Towers" não vai regressar ao seu lar original dos anos 1970.
"Não a vou fazer com a BBC porque não vou ter a liberdade. Anteriormente, tive muita sorte porque trabalhei para a BBC no final dos anos19 60, nos anos 1970 e no início dos anos 1980. Foi a melhor altura porque a BBC era gerida por pessoas com personalidades a sério que adoravam o meio e operavam com base na confiança, o que era bom porque não havia tanta concorrência", recordou.
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