«No início tive medo de levar porrada na rua», revela a SapoTV o actor Jorge Corrula, que faz de vilão na novela «Mar de Paixão», no papel de «Martinho Vasconcelos».

Na trama da TVI, «Martinho» faz a vida a negra a quem se lhe atravessa no caminho. Já levou um estalo do pai «Miguel» (Rogério Samora), a quem respondeu com um soco, e acaba de engravidar a empregada «Elsa Tavares» (Vitória Guerra), exigindo agora que a rapariga aborte à força.

Pelo meio, o gestor engendra esquemas para destruir a vida da protagonista «Benedita» (Paula Lobo Antunes), que se opõe à construção de um empreendimento na vila piscatória, o cenário central da trama.

Quando aceitou o papel de mau na novela que estreou a 15 de Março, na TVI, e rapidamente se tornou num fenómeno de audiências, Jorge Corrula andava na rua a medo: «No início estava com receio de que a abordagem do público fosse um bocadinho agressiva e até de levar porrada», confidencia o jovem actor.

Felizmente, adianta, «as pessoas em Portugal já distinguem a ficção da realidade e, normalmente, até é sempre com um sorriso na cara que me abordam». No máximo, na rua dizem-lhe que «não faça mal a esta ou aquela personagem» ou perguntam-lhe «porque é que faz certas patifarias ao seu pai».

Até Setembro, data estimada para o final das gravações de «Mar de Paixão», Jorge Corrula vai-se «divertindo muito» no papel de «Martinho Vasconcelos» - tarefa que desempenha a tempo inteiro. «Já fui convidado para fazer algumas peças de teatro e algum cinema, mas não posso sair de Lisboa até Setembro», período em que estará dedicado a «sabotar» as restantes personagens de «Mar de Paixão».

Jorge Corrula, 32 anos, saltou para a ribalta no filme «O Crime do Padre Amaro» (2005), onde contracenou com Soraia Chaves, a «Amélia» que levou Corrula a «pecar» no grande ecrã.

Antes, o actor já tinha participado em séries de sucesso como «A minha família é uma animação», «Uma aventura», «Inspector Max» e «Morangos com Açúcar».

Em «Mar de Paixão», Corrula divide o protagonismo com Rogério Samora, Paula Lobo Antunes, Eunice Muñoz e José Carlos Pereira.

(Texto: Inês Costa)