Anabela Neves foi jornalista da Agência Lusa entre 1986 e 1991, tendo sido jornalista parlamentar nesta fase entre 1989 e 1991. Depois, em 1992, entrou na primeira equipa da estação televisiva SIC.
Como presidente da Associação dos Jornalistas Parlamentares, Anabela Neves teve o seu momento mais difícil na chamada "guerra dos corredores", antes das comemorações do 25 de Abril de 1993.
Um conflito que surgiu depois de a bancada social-democrata, então com maioria absoluta e liderada por Duarte Lima, ter procurado impedir a circulação dos jornalistas nos corredores circundantes do hemiciclo da Assembleia da República. Durante cerca de um mês, os jornalistas parlamentares fizeram um boicote aos trabalhos do parlamento.
Nas últimas décadas, Anabela Neves esteve diretamente envolvida nos processos de revisão do regulamento de circulação da Assembleia da República, onde os jornalistas, ao contrário de muitos países, continuam a ter acesso ao andar nobre e a estarem presentes na sala de sessões.
Também enquanto presidente da Associação de Jornalistas Parlamentares, a jornalista da SIC negociou desde 1993, com os sucessivos presidentes e secretários-gerais da Assembleia da República, medidas para o aumento dos direitos dos jornalistas parlamentares, designadamente o acesso a serviços da Assembleia da República e melhoria das condições de trabalho.
Anabela Neves, que afirmou à agência Lusa sair "para abraçar novos projetos", foi responsável pela criação do Parlamento Global, em 2008, um projeto para aproximar a Assembleia da República da sociedade.
Hoje, no final do debate quinzenal, os jornalistas despediram-se da "camarada" da SIC com uma salva de palmas, e Anabela Neves recebeu também na bancada de imprensa a visita do primeiro-ministro, António Costa.
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