Vai fazer parte do núcleo cómico da novela "O Beijo do Escorpião". Como estão a decorrer as gravações?
Já me tinha esquecido que a comédia é um processo muito, muito difícil. Pensava que ia descansar um bocadinho com esta novela, mas não. Está a consumir-me, embora com imenso gozo. Tenho um par maravilhoso, que é o Dinarte Branco. Pela primeira vez, a Joana Câncio vai ser a minha filha e, de facto, está a ser um trabalho muito engraçado, mas muito desgastante.

Sabemos que esteve a espreitar a "Casa dos Segredos" no próprio estúdio. Porquê?
Sim, quis ir “cheirar” o ambiente. Mas não se trata de pretender copiar alguém. Quando virem a Rosalinda vão perceber que é uma personagem construída a partir de muitos moldes e de ninguém em especial.

Mas tirou alguma ideia dessa visita?
Os atores captam ideias em todo o lado. Até quando estou numa fila do supermercado, ou numa grande superfície, recebo coisas do exterior. Depende do que precisamos, em dado momento, para compor um personagem.

Mas quando olha para as mães dos concorrentes da "Casa dos Segredos", em que tipo de pormenores repara?
Em nada de particular. Tem mais a ver com o ambiente, com a energia que se gera ali, a forma como defendem as suas crias, a maneira como já estão no mainstream. Do ponto de vista sociológico é muito importante porque é a própria TVI, a mesma que produz programas como a "Casa dos Segredos", a fazer a desmontagem desse processo numa novela.

Via-se a participar num reality show?
Vejo-me a fazer ficção e vejo-me também a ensinar. Mas não estou a ver-me num reality-show. Não tinha jeito nenhum de certeza absoluta...

Costuma acompanhar esse tipo de programas?
Vejo muito pouca televisão. Costumo ver programas de informação e algum entretenimento. Os meus horários de funcionamento não permitem que fique até muito tarde com o televisor ligado.