Aos 23 anos, Filipe Santos venceu a final do «Portugal Tem Talento» e arrecadou o cobiçado prémio de 100 mil euros. Momentos depois da vitória, o jovem beatboxer de Leiria, visivelmente satisfeito e emocionado, revelou ao SapoTV alguns dos sonhos e projectos que pretende realizar.

Foi uma vitória esperada?
Esperada ou não, fiquei muito emocionado. Tinha esperança de ganhar mas estava super-nervoso e aquele tempo de espera pode parecer pouco mas é uma eternidade...

As críticas do júri, por teres trazido instrumentos musicais para a final, desmoralizaram-te?
Um pouco, mas foram comentários construtivos. Ainda bem que as pessoas em casa perceberam aquilo que eu queria fazer. Fiz uma fusão que ainda não havia sido feita na Europa (beatbox, metais e baixo) e fiquei muito contente.

Onde aprendeste a fazer beatbox?
Sou autodidacta. Requer muito treino e muita prática, como tudo na vida. Para este programa treinei dois meses seguidos com ensaios todos os domingos.

O que vais fazer com os 100 mil euros do prémio?
Vou investir para realizar alguns dos meus sonhos, como gravar um CD com vários artistas e fundir um género musical inovador que possa levar para fora. Por exemplo, combinar o beatbox com o fado, aliando a cultura mais tradicional com a mais moderna. Queria também fazer uma escola de beatbox. Ainda a semana passada fiz um workshop na prisão de Alcoentre e foi muito importante, porque pode dar um rumo à vida de muitas pessoas.

O cachet dos teus espectáculos vai aumentar a partir de agora?
(risos) Não vou falar sobre isso, não pensei em nada. Vim mesmo para mostrar a minha arte e abrir portas em Portugal. Mostrar às pessoas aquilo que faço e dar continuidade à minha carreira. E também para mostrar que o beatbox é uma arte que tem que ser valorizada. Fiquei muito contente, muito feliz.

(Re)Veja imagens da final de «Portugal Tem Talento», que consagrou Filipe Santos.