Em comunicado, a que a Lusa teve acesso, a CT sublinha que "as notícias sobre a destituição do diretor de informação da televisão, sem o seu conhecimento, através de uma notícia de jornal, carecem de um imediato e cabal esclarecimento público por parte da supervisão, tutela da RTP e principalmente por parte do senhor presidente da administração", Gonçalo Reis.
Questionado na quinta-feira no Parlamento pelo deputado Jorge Campos, do Bloco de Esquerda, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, disse que "não se confirma a demissão do diretor da RTP".
A informação, da saída de Paulo Dentinho da direção de informação da RTP, “é falsa e não se confirma”, sublinhou o ministro.
Até ao momento, a administração da RTP ainda não se pronunciou sobre o assunto.
A CT da RTP salienta, no comunicado, que "o jornalista Paulo Dentinho é o diretor da RTP-TV, não se demitiu, não aceitou qualquer cargo de direção da RTP Internacional ou qualquer outro", apontando que um pedido de destituição "tem de alegar graves violações de natureza profissional, deontológica ou de natureza estratégica, todos devidamente fundamentados e com direito a contraditório".
Refere também que tal pedido tem de ser feito por um Conselho de Administração "em total exercício de funções e não por um dos seus membros que, mesmo sendo o seu presidente, não tem legitimidade para o fazer isoladamente em nome do órgão colegial a que preside".
A administração da RTP está em gestão, aguardando que a tutela das Finanças se pronuncie sobre o nome indicado para o pelouro financeiro da estação pública, o qual foi feito no início de fevereiro, para a nova equipa entrar em funções.
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