Em 2002, com apenas 23 anos de idade, Patrícia Muller criou a série juvenil de maior sucesso na televisão portuguesa, os «Morangos com Açúcar». Actualmente, é a autora de «Mar de Paixão», a novela da TVI que atrai mais de 1 milhão e 500 mil espectadores todos os dias.
Nesta entrevista, Patrícia revela a SapoTV alguns dos segredos que prepara para adensar a trama.
Após tantos meses a escrever esta novela, onde é que vai buscar inspiração?
Não sei (risos). Estou nisto há um ano. Comecei sozinha a escrever a novela e depois entrou o André Murraças, a Catarina Peixoto e a Marina Ribeiro. Sei pelos actores que há imensa gente a comentar, que são abordados na rua e que há, de facto, muita gente a ver. Não podia estar mais contente, apesar de ter começado a escrever há um ano e de ainda não saber quando vou acabar.
Agora entra uma nova personagem, a «Laura Machado» (Sónia Brazão), que vem criar conflitos entre o «Miguel» (Rogério Samora) e a «Benedita» (Paula Lobo Antunes).
Estamos a gravar o episódio 149 e a Sónia Brazão entra para dar um «refresh», pois é preciso rotatividade. Há 149 dias que as pessoas nos estão a ver e é muito tempo. Agora, decidimos inverter a tendência e serão duas mulheres atrás de um homem.
Vai aparecer também um menino, filho do «Joaquim» (Marcantonio Del Carlo)...
Vai. Será o «Jaquinzinho» (risos). O nome começou por ser uma brincadeira mas achámos logo que era genial e vai ficar. É uma criança com dois anos que é colocada à porta da casa do «Joaquim» com um papel. Não posso dizer já se é filho do «Joaquim», apenas que ele vai achar que sim.
Esta foi uma ideia inspirada na paternidade recente do Cristiano Ronaldo?
Mais ou menos (risos). Não vou mentir. Há um bocadinho dessa ideia. Também nos inspiramos no que lemos nos jornais e revistas e a história do Cristiano Ronaldo dá um manancial de informação. Vai ser um núcleo muito cómico. O «Joaquim» vai contar com a ajuda da «Ana Marta» (Helena Laureano) que vai achar que pode fazer do «Jaquinzinho» um príncipe e vai vesti-lo como se fosse o rei de Inglaterra. Vai ser muito engraçado, será a parte mais cómica da novela.
E a morte do «Eduardo» (José Carlos Pereira)?
Estava prevista desde o início. Desde muito cedo que foi discutido com quem a «Benedita» ia ficar e ficou logo decidido que o «Eduardo» tinha de ir ter com o amor da vida dele, a «Carminho», e vai morrer afogado. Neste momento ainda não sabemos com quem a «Benedita» vai ficar. Talvez fique sozinha, talvez apareça aí um galã.
E o personagem «Jorge» (Mário Jacques) é um bocado estranho, tem sempre a mesma roupa. Estará morto?
Não sei (risos). O desfecho desse lote escrevi há pouco tempo e para mim, modéstia à parte, ficou um texto brutal e julgo que vale a pena ver como vai acabar. Vai ser em breve, não vai até ao final da novela.
Nunca pensou passar para o outro lado das câmaras?
Eu faço um programa no Canal Q, mas sou eu mesma. Não sou actriz. Já perguntei a vários actores como é que eles conseguem beijar desconhecidos como se nada fosse... Para mim não dava.
E uma participação especial?
Nessa eu entro. Eu e toda a equipa. Depois deste esforço imenso, isto não há-de acabar sem que eu esteja lá atrás a acenar... (risos).
(Entrevista: Inês Costa)
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