O primeiro episódio da série foi exibido no mesmo dia em vários países, sendo que em Portugal a estreia foi feita em simultâneo com os Estados Unidos, às 24:00 de sexta-feira, hora de Lisboa.

Embora seja uma produção da plataforma de exibição em streaming Netflix, a série estreou-se em Portugal no canal por subscrição TVSéries. Os restantes episódios serão exibidos aos sábados às 22:00.

A sexta e última temporada da série tem oito episódios, protagonizados pela atriz Robin Wright, que nas temporadas anteriores interpretava o papel de Claire Underwood, mulher de Frank Underwood, a personagem de Kevin Spacey.

Nesta temporada, os atores Diane Lane, Bill Shepard e Greg Kinnear juntaram-se ao elenco, do qual fazem parte, entre outros, Michael Kelly, Jayne Atkinson, Patricia Clarkson e Boris McGiver.

No início da sexta temporada é possível ver que Frank Underwood morreu enquanto dormia, dias depois da posse de Claire. E, de agora em diante, ela tentará dar uma identidade à sua Presidência, num contexto de grande hostilidade.

Diante da realidade vivida fora dos ecrãs, os autores da série decidiram colocar mais personagens femininas, marcadas por Claire, pela sua maior inimiga Annette Shepherd (Diane Lane), e Jane Davis (Patricia Clarkson).

Como um sinal dos tempos atuais, Robin Wright realizou o último episódio da série. "Existem papéis realmente importantes para as mulheres este ano" em "House of Cards", disse Clarkson à revista People.

Para a atriz, esta é uma mensagem enviada às elites políticas, as reais. Nos Estados Unidos, as mulheres representam 51% da população, mas "apenas 20% do Congresso", sustenta. "O nosso governo e o nosso Congresso devem refletir isso mais fielmente", diz.

Com esta última temporada, calorosamente recebida pelos críticos, a Netflix vira a página da série que se tornou pioneira no mundo da produção de televisão, e permitiu à plataforma ganhar os seus primeiros prémios, sete Emmys e dois Globos de Ouro.

Embora a Netflix nunca divulgue o número da sua audiência, parece, no entanto, que a série perdeu a sua capacidade de atração desde há três anos, nos quais não venceu nenhum prémio importante.

Em outubro do ano passado, a Netflix anunciou que a sexta temporada da série seria a última.

Esse anúncio foi feito pouco depois de ter surgido a primeiro denúncia contra Kevin Spacey. Nessa altura, o ator Anthony Rapp acusou Spacey de o ter assediado sexualmente numa festa em 1986, quando tinham, respetivamente, 14 anos e 26 anos.

Na sequência da acusação, Kevin Spacey assumiu a sua homossexualidade e garantiu que não se recordava do episódio relatado, apesar de ter dito que, se realmente aconteceu, devia “sinceras desculpas” a Rapp pelo seu comportamento.

Entretanto, a produção da série foi suspensa, tendo sido retomada este ano.

Antes disso, Netflix e o estúdio Media Rights Capital anunciaram que cortariam relações com Kevin Spacey, tendo ainda a plataforma tornado público o cancelamento do filme sobre o escritor norte-americano Gore Vidal, autor de obras como “Lincoln” ou “Império”, que seria protagonizado pelo ator.

Entretanto, oito atuais e antigos funcionários de “House of Cards” acusaram Spacey de ter tornado tóxico o ambiente da produção da série, por causa do assédio sexual.

Também no final do ano passado, o teatro Old Vic, em Londres, reuniu testemunhos de 20 pessoas sobre o alegado “comportamento inapropriado” do ator norte-americano, que entre 2004 e 2015 foi diretor artístico daquela estrutura.

Já em agosto deste ano, o jornal Los Angeles Times avançou que Kevin Spacey estava a ser investigado nos Estados Unidos num novo caso de alegada agressão sexual.

Um porta-voz da polícia do condado de Los Angeles explicou que a suposta agressão ocorreu em outubro de 2016 em Malibu, no estado da Califórnia.

As autoridades já estavam a investigar o ator por um incidente semelhante que terá ocorrido em outubro de 1992, em West Hollywood.

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