Jessica Alba acha que os filmes da Marvel continuam a estar demasiado dominados pela presença de atores brancos.

A atriz foi Sue Storm/ Mulher Invisível em dois filmes "Quarteto Fantástico" em 2005 e 2007, mas a veterana do género de super-heróis pré-Universo Cinematográfico Marvel acha que a falta da diversidade que se via naquela época continua a ser "mais do mesmo" na atualidade.

"Mesmo olhando para os filmes da Marvel – esse é o maior condutor de fantasia e o que está a acontecer neste momento no entretenimento, porque é uma coisa de família – ainda é bastante caucasiano", disse numa recente entrevista à revista Glamour UK.

"Diria que fui uma das poucas naquela altura... e isso foi antes da Marvel ser vendida à Disney, mas ainda é bem mais do mesmo", continuou a atriz, com avós da parte do pai que eram filhos de imigrantes mexicanos e indígenas.

"Acho que mais para os jovens que estão a surgir, que serão os nossos futuros líderes, é importante que eles vejam o mundo no ecrã, ou nas histórias, nos sonhos que criamos como artistas; reflete o mundo em que eles estão", acrescentou.

A atriz já revelara em 2017 que o seu tom de pele a prejudicou na corrida a projetos no início da carreira: "Não conseguiam perceber a minha etnicidade. Ia sempre para 'exótico'. Eles diziam 'Não és latina o suficiente para interpretar uma latina, e não és caucasiana o suficiente para ser a protagonista, porque vais ser a exótica'. Seja lá o que isso for".

Nos anos mais recentes, a liderança da Marvel Studios sinalizou que pretendia incrementar a diversidade nos seus projetos, destacando-se "Black Panther", a única produção do Universo Cinematográfico Marvel nomeada para o Óscar de Melhor Filme.

A tendência tornou-se uma prioridade mais notória na fase 4, com filmes como "Eternals" e "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis", ou a recente série "Ms. Marvel".