O filme “Alma Viva”, da realizadora luso-francesa Cristèle Alves Meira, é candidato aos prémios Goya, de Espanha, revelou hoje a organização.

“Alma Viva” está nomeado para o Goya de Melhor Filme Ibero-americano, juntamente com “La memoria infinita” (Chile), “Puan” (Argentina), “La pecera” (Porto Rico), e “Simón” (Venezuela).

Primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira, produzida pela Midas Filmes, “Alma Viva” é uma ficção que aborda a emigração, o misticismo e a cultura transmontana, e foi integralmente rodada em Junqueira, concelho de Vimioso, onde a realizadora tem raízes maternas.

"Alma Viva", que se estreou em 2022 na Semana da Crítica em Cannes, já recebeu duas dezenas de prémios, entre os quais seis Sophia da Academia Portuguesa de Cinema.

De acordo com a lista de nomeados hoje anunciada pela Academia de Cinema de Espanha, na categoria de Melhor Filme de Animação está a longa-metragem “Mataram o Pianista”, de Fernando Trueba e Javier Mariscal, com coprodução portuguesa pela Animanostra, apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual e participação da RTP.

O filme tem como pano de fundo a música brasileira, em particular os primeiros anos da Bossa Nova, mas também aborda a “brutalidade dos regimes ditatoriais” que marcaram a América Latina nos anos de 1960 e 1970, refere a sinopse.

O mote é a vida trágica do pianista brasileiro Francisco Tenório Jr., considerado um dos nomes fundamentais da Bossa Nova, que desapareceu em Buenos Aires, em março de 1976, numa ocasião em que acompanhava Toquinho e Vinicius de Moraes num concerto.

A 38.ª edição dos Goya está marcada para 10 de fevereiro em Valladolid e os filmes mais nomeados são "20.000 Espécies de Abelhas", de Estíbaliz Urresola, com 15 nomeações, e "A Sociedade da Neve", de Juan Antonio Bayona, com 13.