O peso da responsabilidade levou Ana de Armas a visitar a campa da lendária atriz Marilyn Monroe para lhe pedir "autorização" para a interpretar no filme "Blonde".

A atriz e outras pessoas da equipa do realizador neo-zelandês Andrew Dominik visitaram no cemitério em Westwood (Los Angeles) antes de começar a produção.

"Arranjámos este grande cartão e toda a gente na equipa escreveu-lhe uma mensagem. Depois fomos ao cemitério e colocámos na sua campa. De certa forma estávamos a pedir autorização. Todos sentiram uma enorme responsabilidade e estávamos muito cientes do lado da história que iríamos contar – a história de Norma Jeane, a pessoa por trás dessa personagem, Marilyn Monroe. Quem ela era realmente?", explicou numa entrevista à revista AnOther.

“Blonde” adapta a biografia ficcionada homónima de Marilyn Monroe escrita por Joyce Carol Oates e lançada com grande sucesso no ano 2000. A adaptação ao cinema causou alguma polémica inicial devido à escolha da atriz devido ao sotaque hispânico da atriz cubana.

A sinopse oficial de “Blonde”, com argumento do próprio Dominik, descreve o filme da seguinte forma: "Desde a sua infância volátil como Norma Jeane até à sua ascensão ao estrelato e casos amorosos, 'Blonde' medeia entre o facto e a ficção enquanto explora a crescente diferença entre as personalidades pública e privada da artista".

O elenco integra ainda Bobby Cannavale como Joe DiMaggio e Adrien Brody como Arthur Miller, além de Julianne Nicholson, Xavier Samuel e Evan Williams.

Lançado pela Netflix a 28 de setembro após antestreia mundial no Festival de Veneza, este é o primeiro filme original produzido para a plataforma de streaming a receber a temida e rara classificação etária "NC-17" da associação Motion Picture Association of America (MPAA), normalmente associada ao cinema pornográfico (de facto, substituiu o "X" em 1990), que só pode ser visto por maiores de 17 anos.

"Blonde" terá gerado tensão entre a Netflix e o realizador, conhecido por filmes como "Chopper" (2000) e "O Assassínio de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford" (2007), sobre o que fazer com a montagem final: Andrew Dominik chegou a confirmar que a plataforma "insistiu" em contratar a editora Jennifer Lame (de "Tenet") para "conter os excessos do filme", que inclui uma cena de violação que também estava no livro.

"É um filme exigente. Se o público não gosta, então o problema é da po*** do público. Não está a concorrer a um cargo político. É um filme NC-17 sobre Marilyn Monroe, de certa forma é o que querem, não é verdade? Quero ir e ver uma versão NC-17 da história de Marilyn Monroe", disse numa entrevista em março.

Veja o trailer do filme:

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