“Foi realmente uma das experiências mais marcantes da minha vida. Steven Spielberg é um realizador inspirador. O elenco e a equipa eram espetaculares. Não sentia que estava a trabalhar. Sentia que estava a fazer magia com amigos”, explicou Moniz de Sá à agência Lusa.
O filme, como o título em inglês “The BFG” (sigla de "Big Friendly Giant"), conta a história de uma menina órfã que se torna amiga de um gigante. Juntos partem numa aventura para eliminar os gigantes que estão a aterrorizar os humanos. O português, radicado no Canadá, desempenha o papel de um dos gigantes.
“No início de 2015, o meu agente ligou-me a dizer que tinha sido escolhido para um filme de Steven Spielberg. Acho que a minha reação ao telefone foi: ‘c’um caraças’, enquanto saltava no corredor. Foi uma experiência incrível que nunca vou esquecer”, disse.
O filme é uma adaptação do romance do mesmo nome do escritor britânico Roald Dahl, conhecido pelas obras “Charlie e a Fábrica de Chocolate" ou "O Fantástico Senhor Raposo", e inclui ainda o ator Mark Rylance, que desempenha o papel do gigante amigo (e que venceu, em fevereiro, o Óscar de melhor ator secundário, por outro filme de Spielberg, "Ponte dos espiões"), Ruby Barnhill, no papel da órfã Sophie, Bill Hader e Penelope Wilton, entre outros atores.
Paul Moniz de Sá vive em Vancouver e partiu de São Miguel para o Canadá, com os pais e os oito irmãos, quando ainda era criança.
“Apesar de ter vindo para o Canadá quando era muito novo, São Miguel continua a ser uma grande parte daquilo que sou. É a minha herança. É o ponto central das histórias que a minha ‘vavó' e outros na minha família contam. De muitas formas, é o ponto de onde vem o meu amor pelas artes”, explica.
Moniz de Sá conta ainda que, apesar de todos os irmãos serem muito diferentes, foram eles que o ajudaram, quando decidiu ser ator.
“Quando quis ir para o Arts Umbrella para estudar representação, foram as minhas irmãs mais velhas que me ajudaram a ter dinheiro para pagar”, lembra.
Desde que se licenciou, em 1997, já participou em séries de televisão como "The X-Files” e “Smallville”.
Além de televisão, tem vasta experiência em teatro, tendo recebido dois prémios Jessie Richardson, o troféu de teatro da cidade de Vancouver, pelo seu trabalho nas peças “The lion, the witch and the wardrobe” e “The overcoat” .
O português trabalha ainda como professor de representação, diretor de som e encenador, tendo dirigido recentemente a peça “Julius Caesar”, de Shakespeare, no festival Arts Umbrella, em Vancouver.
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