"A jovem cineasta encara de frente a histórica xenofobia europeia, buscando estabelecer uma possibilidade de combate, convocando as novas gerações a ir contra o 'status' de preconceitos ainda predominantes na sociedade", lê-se na justificação do júri da competição internacional.

O prémio junta-se a outros que Leonor Teles já conquistou com este filme, nomeadamente o Urso de Ouro, em fevereiro, no festival de cinema de Berlim.

Depois de Berlim o filme já foi exibido em mais de vinte festivais e teve exibição comercial em Portugal.

"Balada de um batráquio" denuncia a existência de sapos de loiça em espaços comerciais como forma de afastar a entrada de ciganos.

Leonor Teles surge no documentário a entrar em lojas e a partir alguns desses sapos como forma de expor um comportamento xenófobo em relação a pessoas de etnia cigana.

A cineasta, que tem ascendência cigana, já se tinha focado na comunidade cigana no primeiro filme, "Rhoma Acans", e admitiu que a impotência sentida a inspirou a desenvolver uma nova abordagem em "Balada de um Batráquio".

"Balada de um batráquio" é o primeiro filme de Leonor Teles, de 24 anos, fora de um registo académico.

O 18º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte terminou no fim-de-semana.