Scrat nunca apanhará a sua bolota para o inverno: a Disney vai fechar a partir de abril o estúdio norte-americano de animação Blue Sky, responsável pelos populares filmes "A Idade do Gelo".

Segundo avança o Deadline, a realidade económica em que a Disney está mergulhada por causa da pandemia, com cinemas, parques e linhas de cruzeiros parados, não torna viável manter um terceiro estúdio de animação (contando com a Pixar).

A animação "Nimona", prevista para estrear a 14 de janeiro de 2022 e ainda com dez meses de produção para terminar, foi parada e não será lançada.

O projeto da série baseada nas personagens de "A Idade do Gelo" para o Disney+ não é afetado.

O Deadline apurou ainda que não há planos para outros estúdios de Hollywood absorverem os cerca de 450 funcionários afetados pela decisão ou os seus projetos. A Disney está em conversações para "explorar posições abertas" a nível interno.

Fundado em 1987, a Blue Sky começou a trabalhar na publicidade e a seguir foi a responsável pela animação das baratas para o filme "Sexo, Baratas e Rock 'n' Roll" (1996).

Em 1997, entrou na estrutura acionista uma divisão da 20th Century Fox (comprada pela Disney em março de 2019) e a parceria começou pela animação de personagens em filmes como "Alien: A Ressurreição" (1998) ou "Clube de Combate" (1999).

Após a curta de animação "Bunny", de Chris Wedge, ganhar o Óscar, o estúdio virou-se para as longas-metragens, estreando o primeiro "A Idade do Gelo" em março de 2002, seguido por quatro sequelas até 2016.

Além de "Ferdinando" (2017), a única nomeação da Blue Sky para o Óscar de Melhor Longa-Metragem de Animação, os outros filmes foram "Robôs" (2005), "Horton e o Mundo dos Quem" (2008), "Rio" e a sequela "(2011 e 2014), "Epic - O Reino Secreto" (2013), "Snoopy e Charlie Brown: Peanuts - O Filme" (2015) e "Armados em Espiões" (2019).

Todos estes títulos continuarão a fazer parte da Disney.