O fenómeno cinematográfico do momento nos EUA chama-se "Crazy Rich Asians" e é o primeiro produzido por um grande estúdio de Hollywood em 25 anos com uma maioria de estrelas asiáticas e passado no presente, desde que "O Clube da Sorte e da Alegria" estreou em 1993. A película, que não tem data de estreia prevista em Portugal, estreou nos EUA no fim-de-semana de 15 de agosto no primeiro lugar das bilheteiras, com cerca de 26.500 milhões de dólares, e conseguiu manter a posição cimeira neste segundo fim-de-semana, com uma queda de apenas 5,7%, com 25 milhões, para um total de 83 milhões de dólares arrecadados nos EUA, a partir de um orçamento de apenas 30.

O fenómeno do filme, produzido pela Warner Bros., está a ser lido como algo equivalente para a comunidade asiática ao que o sucesso-supresa do filme "Foge" representou o ano passado para a comunidade afro-americana, havendo já quem o coloque na linha da frente das nomeações aos Óscares.

"Crazy Rich Asians", que já tem sequela assegurada, é baseado no romance do mesmo título de Kevin Kwan e gira em redor de um casal de namorados de origem asiática que são ambos professores na Universidade de Nova Iorque, e que rumam até Singapura para um casamento e para ela conhecer a família dele, que acaba por perceber que é uma das mais ricas do país.

O filme é realizado por John M. Chu, que depois de assinar duas fitas da série "Step Up" e "blockbusters" como "G.I.Joe: Retaliação", ganhou finalmente uma atenção mediática significativa ao realizar um filme associado à sua ascendência asiática, no caso chinesa e taiwanesa.

O elenco também é quase totalmente composto por atores educados no Ocidente mas de ascendência asiática muito diversa: os dois protagonistas são Constance Wu (norte-americana de família taiwanesa) e Henry Golding (um malaio que cresceu em Inglaterra) e o elenco conta com Gemma Chan (britânica de ascendência chinesa e de Hong Kong), a rapper Awkwafina (americana de mãe sul-coreana e pai sino-americano), Nico Santos (nascido nas Filipinas e educado no Oregon) e o muito popular Ken Jeong (o Mr. Chow de "A Ressaca", americano de pais sul-coreanos). Isto sem esquecer a super-estrela do cinema asiático Michelle Yeoh, nascida na malaia mas popular em todo o mundo graças a filmes como "O Tigre e o Dragão" e que interpreta a mãe do protagonista.

Ainda assim, isso não livrou o filme de controvérsia e crítica, nomeadamente a de que, mesmo no elenco de ascendência asiática, a predominância de atores chineses e da Ásia Oriental não é representativa de Singapura.

Se este fim-de-semana continuou a ser dominado por "Crazy Rich Asians" nas bilheteiras americanas, viu também a confirmação do fracasso de duas das suas estreias, a comédia com marionetas "Pela Hora da Morte", que estreou em terceiro lugar com apenas 10 milhões de dólares, e o filme de ficção cientifica "A.X.L", que estreou na nona posição, abaixo dos três milhões. "Meg - Tubarão Gigante" manteve o segundo lugar nas bilheteiras e passou a barreira dos 100 milhões de dólares nos EUA: o filme de Jason Statham e o tubarão gigante já vai nos 105 milhões de dólares no mercado doméstico e já arrecadou o dobro (303 milhões) no mercado internacional.

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