O 007 de Daniel Craig parece carregar o peso do mundo nos seus ombros e talvez por isso não espante que consuma tanto álcool.
De acordo com o The Grocer, uma revista líder no segmento dedicado aos produtos de supermercado, o agente secreto consome em média 20 doses de bebida em cada filme, o que em condições normais levantaria dúvidas sobre a sua capacidade para conduzir, quanto mais salvar o mundo e seduzir mulheres.
Trata-se de uma tendência antiga: um estudo de 2013 aos 14 livros originais de Ian Fleming estimava que, ao nível a que bebia, James Bond morreria aos 56 anos.
Ainda assim, nos filmes a análise do The Grocer mostra que a dependência cresceu rapidamente nos últimos anos.
Com efeito, Sean Connery, naturalmente o James Bond original, ficava pelas 11 doses desde a estreia em "007 Agente Secreto" (1962), onde se ouve pela primeira vez a pedir um Martini "batido, não mexido" e revela também uma inclinação por champanhe vintage.
George Lazenby, que apenas assumiu o cargo em "007 - Ao Serviço de Sua Majestade" (1969), ficava pelas nove unidades.
Entre os sete filmes de Roger Moore, poucos estão ao nível dos melhores de Connery, exceto no álcool: o consumo voltou às 11 doses.
Pelo contrário, tal como acontecia com a sua versão da personagem em "007 - Risco Imediato" (1987) e "007 - Licença para Matar" (1989), Timothy Dalton foi bem mais sóbrio: ficou-se pelas quatro ou cinco.
Isso mudou radicalmente quando foi substituído por Pierce Brosnan em "007 - GoldenEye", que fez o consumo subir às 12.
Um valor que, como se vê, o James Bond de Daniel Craig ultrapassa largamente.
De acordo com o The Grocer, parte da explicação para esta tendência estará no poder crescente dos patrocínios das marcas nos filmes daquela que é a popular saga cinematográfica do mundo.
Bollinger, Jim Beam, Red Stripe e Heineken conseguiram grandes benefícios da associação e o mesmo espera o vodka Belvedere, que patrocina o próximo filme, "007 - Spectre", que estreia em Portugal a 5 de novembro.
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