A iniciativa partiu da associação cultural Zero em Comportamento, que há duas décadas trabalha na área do cinema e nos últimos cinco anos se dedicou ao público juvenil e infantil.
Em vésperas do Dia Mundial do Combate ao Bullying, que se assinala no dia 20, a associação promove a estreia do filme que conta a história fictícia de um aluno vítima de ‘bullying’ pelos seus colegas de escola.
Na quinta-feira, o filme para maiores de 12 anos será exibido no Cinema City Campo Pequeno, em Lisboa, e depois “circulará por todo o país em sessões especialmente pensadas para as escolas”, contou à Lusa Rui Pereira, diretor da Zero em Comportamento.
Qualquer turma do norte ao sul do país poderá assistir ao filme que será exibido no “cinema mais próximo da escola”, garantiu, acrescentando que cada bilhete custa quatro euros.
A associação estabeleceu um protocolo com os cinemas City, NOS e Castello Lopes que aceitaram exibir a película em sessões especiais que podem ser agendadas para qualquer dia da semana de manhã, bastando para isso um contacto por parte dos professores interessados.
Segundo Rui Pereira, este projeto permite fazer marcações ao longo de todo o ano, tal como já aconteceu com um outro filme que aborda a questão da gravidez adolescente: “17 raparigas” estreou no ano passado e já foi visto por quase quatro mil alunos, continuando a ser possível às escolas agendar um visionamento.
“Com linguagem muito simples e muito direta tentamos ir ao encontro dos problemas dos jovens no seu dia-a-dia”, acrescentou Rui Pereira, sublinhando que “aqui não interessa tanto a linguagem ou a qualidade cinematográfica mas sim o conteúdo”.
Depois do visionamento do filme "Desculpa! Uma História Sobre Bullying", os alunos são convidados a participar em vários debates sobre o tema que permitirá discutir a problemática assim como analisar estratégias para prevenir e combater este tipo de situações.
Desde finais de 2013, a associação desligou-se do IndieLisboa, passando a Zero em Comportamento a focar-se mais no público mais jovem e infantil.
A associação cultural vê o cinema como uma ferramenta lúdico-pedagógica para chegar às crianças e adolescentes.
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