Pelo quarto ano consecutivo, o Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa, conhecido por IndieLisboa, mostra, na capital britânica, uma seleção dos filmes que fizeram parte do programa oficial do certame, em anos anteriores.
A abertura do primeiro de dois dias, esta sexta-feira, cabe a "Balada de um Batráquio", de Leonor Teles, vencedor, entre outros prémios, do Urso de Ouro de melhor curta-metragem, no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2016, e exibido em mais de vinte festivais.
O documentário denuncia a existência de sapos de loiça, em espaços comerciais, como forma de afastar a entrada de ciganos.
No mesmo dia, serão também projetados "Freud und Friends", de Gabriel Abrantes, e o documentário "Gipsofila", de Margarida Leitão, que será apresentado pela própria realizadora.
No dia seguinte, Mariana Caló e Francisco Queimadela, co-realizadores, apresentam o documentário "A Trama e o Círculo", vencedor do prémio Novo Talento no IndieLisboa em 2015, a que se seguirá "O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu", de João Botelho, estreado há menos de um mês nos cinemas.
João Botelho é o narrador deste documentário, no qual recorda como conheceu Manoel de Oliveira, quando ainda andava na Escola de Cinema, enaltece o pensamento do realizador e comenta excertos de alguns dos filmes do cineasta que mais estima, como "Amor de Perdição", "Vale Abraão" e "Palavra e Utopia".
As sessões, organizadas pela plataforma Portuguese Conspiracy, decorrem no espaço Bones & Pearl, no norte de Londres.
O Festival de Cinema Português no Reino Unido, denominado Utopia, começa a 25 de novembro e decorre até 8 de dezembro, em várias salas de cinema da capital britânica.
Para a sétima edição, os organizadores convidaram os críticos de cinema britânicos Kieron Corless e Jonathan Romney, o escritor Helder Macedo e a pintora Paula Rego a seleccionarem os filmes que consideravam mais relevantes no cinema português contemporâneo.
"João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que eu Amei", de Manuel Mozos, uma homenagem ao antigo diretor da Cinemateca Portuguesa, e "A Vingança de uma Mulher", de Rita Azevedo Gomes, foram as escolhas de Kieron Corless.
Jonathan Romney e o escritor Helder Macedo nomearam em conjunto "Tabu", de Miguel Gomes, e "Cartas da Guerra", de Ivo M. Ferreira.
Professor emérito de Literatura Portuguesa da universidade King's College de Londres, Helder Macedo selecionou individualmente "As Ruínas no Interior", de José Sá Caetano, e "Recordações de uma Casa Amarela", de João de César Monteiro.
Por fim, a pintora Paula Rego elegeu "O Século XX Português: O Fim do Império", episódio que conclui a série documental dirigida por Joana Pontes, realizadora que estará presente para uma sessão de perguntas e respostas.
Os filmes serão todos projetados na versão original, com legendas em inglês, tendo ambos os eventos o apoio do Instituto Camões.
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