Oliver Stone rejeitou as acusações de assédio sexual feitas com ele pela atriz Melissa Gilbert.
Numa entrevista na segunda-feira, a popular atriz da série "Uma Casa na Pradaria" (1974-1983) tinha acusado o realizador de a ter sujeitado a um teste "humilhante e horrível" para o seu filme "The Doors - O Mito de uma Geração" (1991). Meg Ryan acabou por ficar com o papel no filme onde Val Kilmer era Jim Morrison.
Melissa Gilbert alega que Stone escreveu uma cena de propósito para ela ficar de joelhos a dizer "Do me, baby" [uma referência a praticar sexo]. Ela recusou e saiu da sala a chorar. A atriz acredita que a humilhação foi uma retribuição por o ter embaraçado antes numa situação social.
Esta terça-feira, o realizador defendeu-se, dizendo que era evidente qual o tipo de filme e que existiu "um ambiente seguro para todos os atores que fizeram testes".
"Fizemos testes a dezenas de atores para papéis em 'The Doors' e desde o início foi tornado claro que o nosso filme ia ser um filme de rock ‘n’ roll explícito e sem restrições. Quem fez testes foi informado que as cenas seriam ensaiadas e interpretadas de um argumento, com a minha diretora de casting Risa Bramon Garcia presente durante o processo para garantir um ambiente seguro para todos os atores que fizeram testes", explicou Oliver Stone numa declaração ao Deadline.
Também Risa Bramon Garcia emitiu uma declaração própria: "O processo de testes para 'The Doors' foi um desafio por causa da natureza do material e o tema do filme. No entanto, cada ator que fez testes veio voluntariamente e estava consciente do material provocador antes de fazer as suas cenas. Nenhum ator foi forçado ou se esperava que fizesse algo que pudesse ter sido desconfortável e a maioria dos atores aceitou o desafio, reconhecendo a visão de Oliver Stone e o processo criativo. Na minha experiência, não houve nenhuma tentativa para ofender pessoalmente um ator específico."
A cena descrita por Melissa Gilbert está no filme "The Doors - O Mito de uma Geração".
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