A 4.ª edição do Queer Porto – Festival Internacional de Cinema Queer regressa ao Teatro Municipal Rivoli, entre 10 e 14 de outubro, e contará com a presença do escritor de culto norte-americano Dennis Cooper.

Dennis Cooper, autor de 11 novelas e de vários livros de poesia e não-ficção, estará no festival para apresentar “Permanent Green Light”, filme que correalizou com Zac Farley, e para um encontro com espectadores.

Na apresentação do festival, o diretor artístico, João Ferreira, disse hoje que o propósito do evento é de se constituir como uma mostra eclética do que de mais pertinente é produzido e constitui referência para a cultura queer nos nossos dias.

Do cartaz do Queer fazem parte o programa “As Pinturas Fílmicas de Carolee Schneemann”, sobre o trabalho da performer norte-americana, um conjunto de documentários sobre a influência da cultura queer no mundo da moda, performances dos Mont de Dutor e de Liad Hussein Kantorowicz, e um concerto de Alexander Geist, referiu.

O Queer Porto tem como filme de abertura o documentário “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, e, de encerramento, “Shéhérazade”, de Jean-Bernard Marlin, adiantou.

No âmbito do programa dedicado à moda serão exibidos os documentários “We Margiela”, “Kevyn Aucoin – Beauty & the beast in me” e “George Michael: Freedom – Director’s Cut".

Nesta edição, o programa Queer Pop, que decorre no Maus Hábitos, é dedicado aos The Knife/Fever Ray.

O Maus Hábitos irá acolher ainda, no âmbito do festival, a performance “Pussy. Na ongoing performative research”, de Liad Husssein Kantorowicz, que aborda e denuncia questões ligadas à discriminação contra as mulheres, e o concerto de Alexander Geist, que apresenta o seu mais recente trabalho, "Speculative".

Na Mala Voadora, será apresentado o espetáculo “#LOSMICRÓFONOS”, do grupo espanhol Mont de Dutor, “que sugere um mergulho num universo comum que nos rodeia constantemente: a cultura pop”.

Na competição oficial, com um prémio no valor de três mil euros, pela compra dos direitos de exibição pela RTP2, concorrem oito longas-metragens de ficção ou documentais: “1985”, de Yen Tan, “Call her Ganda”, de PJ Raval, “Permanent Green Light”, de Dennis Cooper e Zac Farley, “The rest I make up”, de Michelle Memran, “Soldiers. Story from Ferentari”, de Ivana Mladenovic, “L’Animale”, de Katharina Mückstein, “Dykes, Camera, Action!”, de Caroline Berler, e “Les Garçons Sauvages”, de Bertrand Mandico.

Além da competição oficial, irá realizar-se a competição "In my Shorts", de filmes de escolas portugueses, cujo vencedor recebe um prémio em equipamento vídeo, no valor de 400 euros, e formação na Escola Restart, no valor de 500 euros.

A par de tudo isto, João Ferreira revelou que o Queer e a Fundação de Serralves estabeleceram uma parceria que se traduz na exibição, no auditória de Serralves, de um filme sobre Mapplethorpe, fotógrafo norte-americano cuja exposição está em exibição no Museu de Arte Contemporânea.