Em declarações à Lusa, Higgs explicou que a oportunidade surgiu por via de uma empresa sua cliente, Territory Studio, que cria “efeitos visuais para filmes enormes” e têm confiado no trabalho do português enquanto ‘freelancer’.

“Então, neste projeto que durou sete meses, tive a oportunidade de fazer parte desde o início. Fui o primeiro a entrar na [equipa] de design e dos últimos a sair”, disse o profissional português à Lusa, por escrito.

Higgs explicou à Lusa que começou por fazer ‘concept design’ e ‘motion direction’, em que teve “de desenvolver a teoria por trás dos aspetos como as formas, texturas, cores e movimento dos elementos feitos em 3D ou 2D, que têm de ser adicionados ao filme, e como eles interagem com os atores”.

“Depois, mais artistas entraram no projeto para ajudar, e usaram os meus designs e conceitos para construir o que na realidade 'tu vês' quando 'vês' um filme”, acrescentou.

“O Canto do Cisne”, realizado e escrito por Benjamin Cleary, é uma narrativa de ficção científica que conta a história de um homem, doente terminal, num futuro próximo, que “explora uma solução emocionalmente complexa e angustiante para salvar a sua mulher e filho do luto, duplicando-se sem que eles o saibam”.

Protagonizado por Mahershala Ali e Naomi Harris, o filme conta ainda com interpretação de Awkwafina, Glenn Close e Nyasha Atendi, entre outros atores.

O filme estreou-se na sexta-feira, na plataforma Apple TV+, tendo também prevista exibição em sala.