Eleito pela imprensa francesa como um dos melhores filmes de 2012,
«Tabu» contou com 100.513 espetadores nas quatro semanas de exibição em França, desde que se estreou naquele país, a 05 de dezembro. Em Portugal, na exibição comercial, o filme foi visto por 21.169 espetadores, segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual.

Enquanto
Miguel Gomes prepara a nova longa-metragem, com o título de produção «Mil e Uma Noites», «Tabu» terá ainda estreia assegurada ao longo de 2013 em pelo menos mais oito países.

Luís Urbano explicou à agência Lusa que o filme estreará no dia 18 de janeiro em 12 salas em Espanha, e na primavera chegará à Argentina e ao Brasil, um dos países co-produtores.

Este mês, «Tabu» será ainda exibido na Bélgica, em fevereiro chegará à Austrália, países aos quais se juntarão ainda, sem data, Japão, Roménia ou República Checa.

«Tabu» - protagonizado por
Laura Soveral,
Ana Moreira,
Teresa Madruga e
Carloto Cotta - é a terceira longa-metragem de Miguel Gomes, 40 anos, e somou vários prémios em 2012, em particular no festival de cinema de Berlim, onde recebeu dois galardões.

O filme, uma trama amorosa rodada a preto e branco, passada entre a atualidade em Portugal e o passado numa África colonial, numa história sobre memória e a perda e a melancolia, foi descrito pelo jornal francês «Le Monde» como «uma homenagem à idade de ouro do cinema» e «ao império do cinema mudo». Já o «Liberátion» considera-o «uma obra-prima absoluta».

De acordo com Luís Urbano, o próximo filme de Miguel Gomes tem argumento do realizador, de Mariana Ricardo e Telmo Churro e deverá ser rodado ainda este ano em Portugal.

Ao Libération, o realizador disse recentemente que «Mil e Uma Noites» «deverá ser um retrato muito preciso de Portugal num momento muito preciso», através «das histórias mais absurdas que surgem [no país] neste contexto de crise e agitação social».

Miguel Gomes é autor das longas-metragens
«Aquele Querido Mês de Agosto» e
«A Cara que Mereces» e de curtas como «Kalkitos», «Inventário de Natal» e «Entretanto».