"Fogo-Fátuo” foi o único filme de um cineasta português a concurso na quinta edição do festival, que decorreu durante cerca de duas semanas.

O mais recente filme de João Pedro Rodrigues vai ter estreia nacional no festival Curtas de Vila do Conde, que se realiza de 9 a 17 de julho.

Produzido pela Terratreme Filmes e pela Filmes Fantasma, em coprodução com França, "Fogo-Fátuo" foi apresentado em maio, em estreia mundial, na Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cinema de Cannes, em França, como uma "fantasia musical", "um conto erótico e político, no qual um jovem príncipe descobre o quotidiano de um quartel de bombeiros".

O filme conta com interpretações de Mauro Costa e André Cabral, aos quais se juntam, entre outros, Joel Branco, Oceano Cruz, Margarida Vila-Nova e Miguel Loureiro. A direção de fotografia é de Rui Poças e, a música, de Paulo Bragança.

Aquando da estreia em Cannes, o jornal Le Monde descreveu "Fogo-Fátuo" como "uma fábula musical, pós-colonial e sexual", uma história de amor entre um príncipe e um bombeiro.

"2069, ano talvez erótico - logo veremos - mas fatídico para um rei sem coroa. No seu leito de morte, uma canção antiga fá-lo rememorar árvores; um pinhal ardido e o tempo em que o desejo de ser bombeiro para libertar Portugal do flagelo dos incêndios, foi também o despontar de outro desejo. Então príncipe, Alfredo encontra Afonso. Com diferentes origens e diferentes cores de pele, encontram-se, socorrem-se e o léxico do abuso fica farrusco de desejo. Mas a exposição pública e as suas expectativas interpõem-se e Alfredo abraça um outro estado de prontidão para uma realidade improvável", pode ler-se na sinopse do filme.

O percurso internacional de João Pedro Rodrigues começou com a curta-metragem "Parabéns" (1997), que lhe valeu uma menção especial no festival de cinema de Veneza.

Nas palavras do centro parisiense Pompidou - que lhe dedicou uma retrospetiva em 2016 -, João Pedro Rodrigues "impôs a sua singularidade desde o final dos anos 1990 com uma obra de 18 filmes que reativa os géneros cinematográficos: o fantástico pós-Fantômas, o melodrama na senda de [Douglas] Sirk e [Rainer Werner] Fassbinder, o ‘film noir’ nos passos de [Josef von] Sternberg".

"Fogo-Fátuo" junta-se a outras 'longas' de ficção como "O Ornitólogo" (2016), "Morrer como um homem" (2009) e "O Fantasma" (2000).

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