Tina Fey e Amy Poehler estavam separadas por milhares de quilómetros (a primeira em Nova Iorque e a segunda em Los Angeles), mas apareceram lado a lado na emissão televisiva e sem problemas de "delay" durante o monólogo, no que terá sido um dos aspetos que bem conseguidos da emissão.

Tina Fey chegou mesmo a esticar o braço e "tocar" na parceira, que brincou que "a tecnologia é tão boa que vocês nunca vão conseguir perceber a diferença"

O monólogo começou por celebrar vários "blockbusters" (fictícios) que estavam nomeados (de "Parts of a Lady" a "Ali G Goes to Chicago") e as séries que todos viram em maratonas (a versão americana de "The Office", episódios antigos de "Columbo", programas de notícias muito tendenciosos), mas aproveitando que a circunstância da presença remota dos nomeados e a composição da (limitada) audiência ao vivo ser formada por alguns dos trabalhadores dos serviços essenciais e da linha da frente no combate à pandemia, o duo passou grande parte do monólogo a explicar-lhes a diferença entre filmes e séries num ano em que "vimos tudo nos nossos telefones) e o que eram os Globos de Ouro.

E Tina Fey não perdeu tempo a falar da polémica racial à volta da organização que dá os prémios revelada numa investigação do jornal Los Angeles Times.

"A Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood é formada por cerca de 90 jornalistas - nenhum negro - internacionais que vão aos 'movie junkets' (apresentações dos filmes e entrevistas para imprensa) todos os anos à procura de uma vida melhor. Dizemos cerca de 90 porque dois deles podem ser fantasmas e existem rumores de que o membro alemão é apenas uma salsicha em que alguém desenhou um pequeno rosto", esclareceu.

Ainda durante o monólogo Amy Poehler deu outra perspetiva sobre o funcionamento dos prémios: "Imenso lixo espalhafatoso foi nomeado, mas isso acontece. É assim que eles funcionam. Vários atores e projetos negros foram esquecidos”.

"A questão é que, mesmo com coisas estúpidas, a inclusão é importante. E não há membros negros na Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood. Vocês têm de mudar isso. Portanto, vamos a isso", acrescentou Tina Fey.

Três dos "europeus esquisitos", como também chamou a atriz aos membros da organização, haveriam mais tarde na cerimónia de prometer mais diversidade no "futuro".

Veja o monólogo inicial de Tina Fey e Amy Poehler:

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