A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas vai reunir o seu Conselho de Governadores no sábado para debater o escândalo que envolve o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio sexual e violação.
A notícia surge algumas horas após a sua congénere britânica, os Bafta, ter anunciado já uma decisão: a suspensão da sua organização.
Em comunicado, a Academia responsável pela atribuição dos Óscares anunciou que o Conselho vai debater as acusações e "quaisquer ações justificadas pela Academia".
A conduta do produtor é descrita como "repugnante, abominável e contrária aos elevados princípios da Academia e da comunidade criativa que representa".
O Conselho de Governadores, com representantes eleitos de todos os ramos da Academia (atores, realizadores, etc.), tem a maior autoridade da organização.
Na sua história, a decisão de suspender ou revogar apenas foi aplicada a membros envolvidos na pirataria das cópias de filmes enviadas pelos estúdios durante a fase de votação dos prémios.
Harvey Weinstein era uma das pessoas mais influentes do circuito dos Óscares nos últimos 30 anos e foi o maior responsável pela revolução nas campanhas, com "O Paciente Inglês", "A Paixão de Shakespeare", "Chicago", "O Discurso do Rei" e "O Artista" a ganharem Melhor Filme.
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