Hollywood está com poucas razões para sorrir, apesar das receitas dos filmes deste verão chegarem aos 4.52 mil milhões de dólares, uma ligeira subida dos 4.48 de 2015.

Por um lado, foram vendidos menos 13 milhões de bilhetes nos EUA, mas, acima de tudo, a temporada teve poucos vencedores e alguns épicos falhanços: de acordo com a Bloomberg, dos 32 filmes estreados pelos seis maiores estúdios, 17 perderam um total de 915 milhões de dólares.

Por comparação, o fracasso de 15 lançamentos no mesmo período em 2015 foi de 546,3 milhões.

Pior, parece estar a falhar a estratégia em que a indústria aposta há vários anos de caríssimas sequelas e novas versões de antigos sucessos: só três das 14 continuações tiveram mais receitas do que as predecessoras ("Capitão América: Guerra Civil", "À Procura de Dory" e "The Conjuring 2 - A Evocação").

O período que vai do primeiro fim de semana de maio até ao "Labor Day", a primeira segunda-feira de setembro, é muito importante para os estúdios, que esperam 40% das receitas do ano com os lançamentos dos seus extravagantes 'blockbusters' com orçamentos para cima dos 100 milhões.

As conclusões da Bloomberg resultam da análise dos valores apresentados pelo site The Numbers, que olha para os custos dos filmes, incluindo o marketing, e faz projeções de receitas desde a estreia nas salas de cinema, divididas com os exibidores,  até à chegada aos canais abertos de televisão,

Nesta projeção, a liderar a lista dos grandes fracassos da temporada estão "Ben-Hur” e "O Amigo Gigante", este uma rara mancha no currículo de Steven Spielberg e da Disney.

O TOP 10 dos filmes que vão dar mais prejuízo junta ainda "Alice do Outro Lado do Espelho", a animação "Kubo e as Duas Cordas", "Star Trek: Além do Universo". "Os Traficantes", "Tartarugas Ninja Heróis Mutantes: O Romper das Sombras", "A Lenda do Dragão",  "Caça-Fantasmas" e, inédito em Portugal, "Popstar: Never Stop Never Stopping", com Andy Samberg.

Para os estúdios, as finanças dos filmes são matéria sensível e raramente divulgam os números. Ainda assim, alguns colocam em causa os cálculos do The Numbers, dizendo que ignoram outras previsões de vendas que podem rentabilizar os títulos.

Por exemplo, uma fonte ligada ao estúdio Warner coloca em causa as perdas de 67.7 milhões projetadas para "Os Traficantes", enquanto a Sony diz que os prejuízos de 58,6 milhões calculados para "Caça-Fantasmas" estão 'muito longe da realidade' e não levam em conta várias fontes de receitas que estão a ser antecipadas ao longo do seu tempo de vida.

Também é importante que os estúdios reduzem os riscos ao aceitar investidores nos filmes, acordos que o The Numbers não leva em conta. Desta forma, as perdas do maior fracasso, "Ben-Hur", ficarão perto dos 75 milhões e não dos 121,7 avançados pelo site.

Claro que tudo também pode significar que no futuro o negócio volátil do cinema pode tornar-se menos atrativo para esses investidores e os estúdios encontrarem mais dificuldade para financiar novos projetos.

No lado positivo, apesar de alguns fracassos a Disney voltou a ser a grande campeã da temporada, colocando "À Procura de Dory" e "Capitão América: Guerra Civil" nos primeiros lugares dos filmes que vão gerar mais receitas.

"A Vida Secreta dos Nossos Bichos" e "Esquadrão Suicida" são os outros títulos que claramente se destacam nessa lista mais favorável.

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