O anfitrião da próxima cerimónia dos Óscares é o mesmo da última: Jimmy Kimmel.

A notícia foi divulgada esta terça-feira em Los Angeles pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que também anunciou o regresso dos produtores da última cerimónia, Michael De Luca e Jennifer Todd.

A decisão não é uma surpresa, mas o 'timing' sim: normalmente costuma ser a seguir ao verão.

No caso do apresentador do "talk-show" noturno da ABC, estação que também transmite a cerimónia,  da primeira vez a sua escolha foi anunciada a 5 de dezembro.

Isso deixou pouco tempo para planear a cerimónia, algo que certamente não vai acontecer com a que vai celebrar os simbólicos 90 anos, marcada para 4 de março de 2018.

Com esta antecipação, a Academia faz passar uma mensagem de confiança no trabalho que os produtores e o apresentador desenvolveram, mas que passou para segundo plano depois do escândalo da confusão com a troca de Warren Beatty e Faye Dunaway no anúncio do Melhor Filme entre "La La Land" e o verdadeiro vencedor, "Moonlight".

Algo que não passou despercebido a Kimmel no comunicado.

"Ser o anfitrião dos Óscares foi um momento alto da minha carreira e estou grato a Cheryl [Boone Isaacs, presidente da Academia] e à Dawn [Hudson, CEO da organização] por me pedirem para regressar para trabalhar com duas das minhas pessoas preferidas, Mike De Luca e Jennifer Todd. Se pensam que estragámos este ano o final, esperem para ver o que planeámos para o espetáculo do 90.º aniversário", declarou o comediante.

Uma apresentação muito elogiada

Na cerimónia de 26 de fevereiro, Jimmy Kimmel fez do presidente Donald Trump um dos alvos do seu monólogo.

Notando que muitos lhe pediram para abordar a cisão que existe no país, ele esclareceu que não o podia fazer: "Apenas existe um 'Braveheart' na sala", apontando para Mel Gibson, que interpretou o martirizado William Wallace no filme que ganhou os Óscares de 1995. "E ele também não nos vai unir", acrescentou, abordando subtilmente a controvérsia em redor da estrela perante o riso do público.

Logo a seguir, Kimmel ficou sério e disse que se todos os que estiverem a assistir à cerimónia "pararem um momento para ir ao encontro de uma pessoa com quem não concordam e terem uma conversa positiva e ponderada... podemos realmente tornar a América outra vez grande".

Outro dos alvos foi Matt Damon, com quem Kimmel mantém uma relação de falsa "animosidade" há mais de uma década.

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