As míticas escadarias forradas a tapete vermelho por onde passam as estrelas estão carregadas de repórteres. O SAPO vestiu o fato de gala e foi conhecer aquela parcela do imaginário de Cannes. O motivo era a antestreia de
«Melancholia», o novo filme de
Lars von Trier, no Festival de Cinema.
Cumprindo a tradição, as estrelas que integram a equipa do filme e outras tantas que estão no festival subiram a passadeira vermelha do Palais des Festivals, rodeadas de câmaras por todos o lados e fãs em delírio num espaço mais afastado.
A maior parte dos que percorrem a passadeira vermelha são, efectivamente, profissionais ou convidados que ninguém conhece, embora muitas mulheres de roupa reduzida façam pose para os fotógrafos. Porém, o que anima o acontecimento é efectivamente a passagem das estrelas, que se advinha com os gritos iniciais dos fãs, que logo a seguir são abafados pelos gritos (sem exagero) dos fotógrafos para que as vedetas façam algo directamente para as suas objectivas.
Numa parcela superior do palanque, as câmaras de televisão vão apanhando tudo aquilo que podem. E se nestas antestreias de gala de Cannes, os convidados têm de ir trajados a rigor, os fotógrafos, jornalistas e operadores de câmara também são obrigados a seguir o mesmo dress-code: fato preto e gravata borboleta para eles e vestido negro e saltos altos para elas. Até para trabalhar, a elegância e o glamour são uma exigência no maior festival de cinema do mundo.
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