Leonardo DiCaprio foi forçado a testemunhar num processo que envolve "O Lobo de Wall Street" (2013).

Andrew Greene, amigo de infância e antigo sócio de Jordan Belfort, o protagonista da comédia negra de Martin Scorsese interpretado por DiCaprio, decidiu processar os produtores e o estúdio.

Na alegação consta que uma personagem secundária, Nicky “Rugrat” Koskoff, representada por P.J. Byrne, apresentada como "criminosa" e "degenerada", ridicularizada pelo seu capachinho e mostrada a consumir drogas, foi baseada livremente em Greene.

Um juiz já rejeitou as alegações de difamação, que envolviam um pedido de 50 milhões de dólares de indemnização [44,5 milhões de euros], mas permitiu que Greene alterasse para uma acusação de "calúnia maliciosa", para a qual exige uma compensação de 15 milhões [13,3 milhões de euros].

O processo começou em fevereiro de 2014 e os advogados de acusação estavam a tentar que DiCaprio fosse depor a tribunal, com este sempre a alegar estar "demasiado ocupado".

A equipa de defesa tem afirmado que os depoimentos do realizador Martin Scorsese e do argumentista Terence Winter deviam ser suficientes, mas o envolvimento do ator também como produtor levou o juiz Steven Locke a exigir que testemunhasse "dentro de um tempo e num local razoáveis, acordados entre as partes".

"O Lobo de Wall Street" adaptou o livro de memórias de Jordan Belfort, o corretor da bolsa nova-iorquino Jordan que, aos vinte e poucos anos, construiu uma carreira de sucesso e corrupção, bem como uma vida de excessos, no final dos anos 1980, que acabou por conduzir à sua queda.

Trailer "O Lobo de Wall Street".