De papéis mais arriscados, como em
«A Secretária», a outros comparativamente mais convencionais, como é o caso de
«O Cavaleiro das Trevas»,
Maggie Gyllenhaal consegue dar sempre uma imensa profundidade dramática a cada personagem que interpreta, com um grau de complexidade geralmente bem maior que o que ela apresenta à superfície. O cinema independente tem sido o seu terreno de eleição, com incursões pontuais em filmes de teor mais comercial.
A actriz estreou-se no cinema ainda adolescente pela mão do seu pai, o realizador
Stephen Gyllenhaal, em filmes como
«Paixão e Loucura» (1992),
«Uma Mulher Perigosa» (1993) e
«Traficantes e Aprendizes» (1997), os dois últimos na companhia do seu irmão mais novo,
Jake Gyllenhaal.
Após personagens secundárias em filmes como
«Cecil B. Demente» (2000),
«Os Rapazes da Minha Vida» (2001) e
«Donnie Darko» (2001), o primeiro grande papel de protagonista, e aquele que até hoje mais reconhecimento e distinções lhe trouxe, surgiu em 2002 com o corajoso
«A Secretária». Nesse ano, tornou-se uma das intérpretes de proa do cinema independente norte-americano até porque, ainda em 2002, acumulou papéis secundários nos também muito falados
«Inadaptado» e
«Confissões de Uma Mente Perigosa».
A partir daí, e apesar de participações em «blockbusters» como
«40 Dias e 40 Noites» (2002) e
«O Cavaleiro das Trevas» (2008) e de namoros com dramas de Hollywood como
«O Sorriso de Mona Lisa» (2003) ou
«World Trade Center» (2006), é nesse terreno que se tem mantido, em fitas como
«Casa de los Babys» (2003),
«Criminal» (2004),
«Finais Felizes» (2005),
«Sherrybaby» (2006) ou mesmo
«Contado Ninguém Acredita» (2006), além de, naturalmente,
«Crazy Heart» (2009), que lhe valeu a nomeação ao Óscar.
Aos 32 anos e com uma carreira também muito elogiada no teatro, Maggie Gyllenhaal é hoje uma das actrizes mais cotadas da sua geração, sem limites aparentes ao seu talento.
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