Aquela que é conhecida por muitos como a «maior actriz viva» recebeu este ano a sua décima sexta nomeação, pelo papel de Julia Child no filme
«Julie & Julia». Com 13 nomeações para Melhor Actriz e outras três para Melhor Actriz Secundária,
Meryl Streep é a intérprete mais indicada de sempre à estatueta dourada, que só ganhou por duas vezes e já lá bem atrás, nos idos anos 80, com
A Escolha de Sofia, em 1983, e
Kramer contra Kramer, em 1980.

As outras 12 recebeu-as pelos filmes
O Caçador,
Kramer contra Kramer,
A Amante do Tenente Francês,
A Escolha de Sofia,
Reacção em Cadeia,
África Minha,
Estranhos na Mesma Cidade,
Grito de Coragem,
Recordações de Hollywood,
As Pontes de Madison County,
Podia-te Acontecer,
Melodia do Coração,
Inadaptado,
O Diabo Veste Prada e ainda
Dúvida.

Meryl Streep já disse: «A América não premeia pessoas da minha idade, nem no dia-a-dia nem nas suas interpretações».

A actriz de 60 anos é um caso reconhecidamente raro em Hollywood, por ter um currículo praticamente sem falhas, sem maus filmes ou más prestações. Ainda por cima, a variedade dos seus registos parece não conhecer limites: não é só o à-vontade com os sotaques, que durante algum tempo lhe serviu quase de marca registada, mas também a habilidade para todo o tipo de géneros, incluindo a comédia e, surpreendentemente o musical. Neste último caso,
«Recordações de Hollywood»,
«A Prairie Home Companion - Bastidores da Rádio» e
«Mamma Mia!» dão bem conta das suas capacidades vocais.

Streep, também com extenso currículo teatral, estreou-se no cinema em 1976 num pequeno papel em
«Julia». Para cada um dos filmes pelos quais foi nomeada ao Óscar, muitos outros demonstram o seu imenso talento:
«Manhattan» (1979),
«Plenty, Uma História de Mulher» (1985),
«A Difícil Arte de Amar» (1986),
«Demónio de Saias» (1989),
«A Morte Fica-vos Tão Bem» (1991),
«Rio Selvagem» (1994),
«Duas Irmãs» (1996),
«As Horas» (2002),
«O Candidato da Verdade» (2004),
«Terapia do Amor» (2005),
«A Prairie Home Companion - Bastidores da Radio» (2006),
«Ao Anoitecer» (2007),
«Peões em Jogo» (2008),
«Mamma Mia!» (2008) e
«Amar... É Complicado!» (2009).