Michael B. Jordan revelou a Oprah Winfrey que interpretar o vilão em "Black Panther" afetou a sua saúde mental e procurou ajuda profissional.

Foi durante um dos programas especiais "SuperSoul Conversations" da apresentadora que explicou como é que se preparou para ser Erik Killmonger.

O processo, revelou, passou por se isolar bastante, uma vez que aconteceu o mesmo à personagem durante a infância: "ele não tinha muitas pessoas com quem pudesse falar sobre este sítio chamado Wakanda que não existia".

Jordan explicou que quis fazer justiça à essência do que a personagem representa no filme, incluindo todo o ressentimento que tinha dentro de si.

"Obviamente que é uma versão extrema e exagerada da diáspora africana de uma perspetiva afro-americana, portanto ter a oportunidade de absorver esse tipo de dor e raiva e todas essas emoções que o Erik de certa forma representa pelo facto de ser negro aqui na América.... isso não foi algo que abordei de ânimo leve", explicou.

No entanto, acrescentou que não teve um processo e fez o que achou que precisava de fazer ou sentia que estava correto.

O que também faltou quando deixou de ser Erik Killmonger foi... um plano de saída.

Dominado pelo estado mental da personagem e com dificuldades em reajustar-se às pessoas que gostavam dele, contou que se isolou de tudo à volta e fazer terapia o ajudou bastante.

Apesar das críticas que os homens normalmente enfrentam quando procuram ajuda profissional, o ator diz que não recomenda que estes negligenciem a sua saúde mental.

"Toda a gente precisa descarregar e falar", concluiu.

"Black Panther" estreou há um ano e arrecadou 1,3 mil milhões de dólares nas bilheteiras mundiais. É um dos finalistas para o Óscar de Melhor Filme e está na corrida em mais seis categorias.

A cerimónia será a 24 de fevereiro em Los Angeles.

RECORDE O TRAILER DE BLACK PANTHER.