"De forma discreta, mas segura, o rosto magro e a figura frágil atravessaram o cinema francês", escreveu a agência noticiosa France Press, a propósito da atriz, com 60 anos de representação.
Em 1958 fez a estreia nos palcos com a peça "Don Juan", encenada por Georges Vitaly, e, no ano seguinte, com 22 anos, estreava-se no cinema em "Os muros do desespero", de George Franju, pioneiro do cinema fantástico.
Nascida em Paris, em 1937, Edith Scob voltou a trabalhar com este realizador noutros filmes, nomeadamente "O pecado de Teresa" (1962) e "Olhos sem rosto" (1960), que a popularizou e no qual tinha o rosto coberto por uma máscara.
A atriz, que nos anos 1960 fundou uma companhia de teatro vanguardista em Bagnolet, nos arredores de Paris, juntamente com o marido, o compostor Georges Aperghis, trabalhou ainda com Julien Duvivier, Andrzej Zulawski, Christophe Gans, Patrice Leconte, Olivier Assayas e Leo Carax.
Outro dos realizadores com quem mais trabalhou foi Raoul Ruiz, em filmes como "O Tempo Reencontrado" (1998), "Comédie de l'innocence" (2000) e "Le Domaine perdu" (2005).
Edith Scob trabalhou ainda com o realizador português Pedro Costa no filme "Casa de Lava", de 1995.
Nos palcos, Edith Scob participou em dramaturgias, entre outros, de Molière, Ibsen, Beckett, Racine, Shakespeare e Tchekov.
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