Claudine Auger, que foi a primeira "Bond girl" francesa da saga "007", faleceu na quarta-feira (18), aos 78 anos, avançou a agência AFP.
Em 1965, a atriz esteve ao lado de Sean Connery em "007 - Operação Relâmpago", o quarto filme sobre o agente secreto com licença para matar. A voz que se ouve no filme, no entanto, é a da alemã Nikki van der Zyl.
Após pensarem em Julie Christie, Raquel Welch e Faye Dunaway, os produtores Albert R. Broccoli e Harry Saltzman fizeram muitas audições a atrizes e modelos europeias desconhecidas, antes de se chegar a Claudine Auger, uma antiga Miss Monde France, então com 23 anos e que, em 1960, aparecera num papel não creditado em "O Testamento de Orfeu", de Jean Cocteau.
O argumento foi então alterado para a sua personagem passar de italiana a francesa. Ela era a principal "Bond girl" do filme: Dominique "Domino" Derval era a amante de Emilio Largo (Adolfo Celi), o vilão da história, que era convencida a ajudar Bond quando este lhe explica os planos de Largo e da organização SPECTRE.
O realizador de "007 - Operação Relâmpago" era Terence Young, que a escolheu também para o seu filme seguinte, "O Maior Espião da História" (1966), ao lado de Christopher Plummer e Yul Brynner.
O envolvimento na saga James Bond abriu-lhe as portas para uma carreira de sucesso na Europa, participando em filmes como "O Homem de Marrakesh" (1966, Jacques Deray), "Golpe de Mestre à Napolitana" (1966, Dino Risi), "O Diabo Enamorado" (1966, Ettore Scola), "Uma Aventura a Quatro (1967, Alain Jessua), "As Doces Senhoras" (1968, Luigi Zampa), "O Ventre Negro da Aranha" (1971, Paolo Cavara), "Baía Sangrenta" (1971, Mario Bava) ou "Um Raio de Sol na Água Fria" (1971, Jacques Deray).
Entrou ainda em vários filmes do realizador e argumentista Pierre Gaspard-Huit, com quem casou em 1959, quando tinha 18 anos e ele 43, nomeadamente em "Máscara de Ferro" (1962) e "Kali-Yug, a Deusa da Vingança" (1963).
Após alguns telefilmes, Auger retirou-se em 1997.
Comentários