Nascido em 1916, no Texas, o escritor norte-americano Horton Foote notabilizou-se como dramaturgo mas também trabalhou bastante para cinema, tendo conquistado por duas vezes o Óscar, pelos argumentos de
«Na Sombra e no Silêncio» (1962) e
«Amor e Compaixão» (1983).
Robert Duvall, também oscarizado como Melhor Actor por este último filme, disse ao «New York Times» que «Horton tinha a grande voz americana. Era típica da sua pátria pequena, mas era também universal».
O «Los Angeles Times» referiu que a sua obra mostra «a poesia da solidão e da perda, temas correntes de Foote e que fizeram dele um Tchekov norte-americano».
Já com dezena e meia de peças no currículo, Foote estreou-se no grande ecrã em 1955, com o argumento de
«Storm Fear», adaptado do romance de Clinton Seeley, a que se seguiu, após bastante trabalho para a televisão, o argumento de «Na Sombra e no Silêncio», a partir do livro de
Harper Lee.
O filme tornou-se mítico e seria o seu trabalho mais famoso, pelo qual ganhou o primeiro Óscar. A película foi realizada por
Robert Mulligan, que dirigiria o argumento seguinte de Foote,
«Baby the Rain Must Fall» (1965), com
Steve McQueen.
Até ao fim da sua vida, em que nunca deixou de trabalhar (estava actualmente a trabalhar na produção de uma peça de sua autoria), ainda escreveu mais cerca de uma dezena de argumentos para cinema.
Entre os mais celebrados contam
«Perseguição Impiedosa» (1966), de
Arthur Penn e com
Marlon Brando,
«O Incerto Amanhã» (1967), de
Otto Preminger, «Amor e Compaixão» (1983), de Bruce Beresford e que lhe valeu o segundo Óscar,
«Regresso a Bountiful» (1985), adaptado da sua própria peça e pelo qual recebeu ainda outra nomeação ao Óscar, e
«Ratos e Homens» (1992), realizado e protagonizado por
Gary Sinise.
Além de «Regresso a Bountiful», Foote adaptou outras peças de sua autoria ao cinema, como
«1918» (1985),
«On Valentine’s Day» (1986) e
«Co[b]urtship»[/b] (1987).
Em 1995 recebeu o Prémio Pultizer na categoria de Drama pela peça «The Young Man from Atlanta».
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