Um estudo anual sobre o estatuto da mulheres e da jovens na Califórnia descobriu que 26% das personagens femininas nos 100 filmes mais rentáveis aparecem total ou parcialmente nuas.

Por sua vez, apenas 9% das personagens masculinas se despem.

De acordo com o relatório da Universidade Mount Saint Mary, de Los Angeles, citado pelo The Guardian, o contraste parece ainda mais gritante quando apenas 12% dos filmes têm uma atriz nos papéis principais e 23% das personagens têm emprego,  quando as mulheres representam 46% de toda a força laboral nos Estados Unidos.

Tal como outros estudos, mantém-se a tendência para encontrar mais mulheres a trabalhar atrás das câmaras nas mais diversas posições na produção de filmes, ainda que menos de uma em cinco tenha ocupado a função de realizadora, produtora ou argumentista num grande filme nos últimos 15 anos.

Tudo muda, ainda de acordo com o estudo anual da universidade, quando uma mulher está a liderar uma produção.

"Quando apenas homens ocupam as funções de realizador e produtor, 7 a 15% dos projetos têm mulheres argumentistas, editoras ou realizadoras. Por comparação, quando uma ou mais mulheres ocupam as mesmas funções, 52% das realizadoras contrata argumentistas mulheres e 35% contrata mulheres editoras ; com mulheres produtoras, mais de 20% dos projetos tem mulheres argumentistas, realizadoras e produtoras".

Mantém-se ainda a tendência para a falta de diversidade racial, salienta o mesmo estudo. As personagens com diálogos que são femininas no cinema é de 30%, o que sobre para 42 na televisão.

No entanto, 74% das personagens nos dois meios vão para brancos: as mulheres negras conseguem 15% dos papéis, ao mesmo tempo que as asiáticas e latinas representam 4% no total, numa altura em que os latinos são já 39% dos habitantes na Califórnia.