«Winnie the Pooh», que estreia hoje em Portugal e amanhã nos EUA, é a mais recente longa-metragem de animação da Disney, uma produção de primeira linha que retoma o aspecto gráfico das primeiras aventuras animadas do ursinho de pelúcia, com alguns dos mais prestigiados animadores da casa a assegurar a qualidade do produto final.
Mas apesar de ser hoje uma das figuras mais conhecidas do universo Disney, Winnie the Pooh não foi criado de raíz pelo estúdio do Rato Mickey. Efectivamente, o ursinho saiu da imaginação do britânico
A.A. Milne numa série de contos ilustrados por
E.H. Shepard e compilados em quatro volumes durante os anos 20, que se tornaram clássicos da literatura infantil. A inspiração para as personagens foi desde logo assumida: Christopher Robin era o filho de Milne que, entre os seus brinquedos, tinha um ursinho de pelúcia a que chamava Winnie.
Em 1961,
Walt Disney adquiriu os direitos de adaptação ao cinema da personagem e primeira curta-metragem,
«Winnie the Pooh and the Honey Tree», surgiu nos cinemas de todo o mundo a partir de Fevereiro de 1966. O sucesso foi imediato, e o estúdio lançou-se de imediato na produção de um segundo filme,
«Winnie the Pooh and the Blustery Day», que seria lançado em 1968, já após o falecimento de Disney (em Dezembro de 1966). Esta curta-metragem, que introduzia a personagem de Tigger, conseguiu ter ainda mais sucesso que a anterior, com uma qualidade tal que conquistou o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação.
Em 1974, surgiu a terceira média-metragem de Pooh,
«Winnie the Pooh and Tigger Too!», e todas as três seriam reunidas em 1977 num popular filme de longa-metragem,
«As Extra-Aventuras de Winnie the Pooh», com algumas sequências adicionais de animação para fazer a ponte entre o trio de segmentos.
Desde então, Pooh teve um crescendo imparável de popularidade, que a Disney começou a rentabilizar a partir dos anos 80, primeiro com a série de televisão
«The New Adventures of Winnie the Pooh», entre 1988 e 1991, e depois numa série de filmes de baixo orçamento lançados em cinema em alguns mercados, como
«As Aventuras do Tigre» (2000),
«Piglet - O Filme» (2003) e
«Heffalump - O Filme» (2005), além de várias outras aparições televisivas.
Contrariamente aos três anteriores, este
«Winnie the Pooh» que agora estreia é um filme de primeira linha da Disney, com a nata dos animadores da casa entre a equipa principal, com a recuperação do estilo gráfico de outrora e a aposta num encanto e numa inocência hoje invulgares nas longas-metragens para cinema.
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