Ainda que não tenha sido tão bem recebida pelos críticos e mesmo pelo público norte-americano como a de «O Senhor dos Anéis», nem os atores tenham beneficiado da mesma popularidade, a trilogia «O Hobbit» voltou a ser um gigantesco fenómeno global que agora tem direito a um clímax final com a chegada de «A Batalha dos Cinco Exércitos».
É a conclusão de uma grande história, tanto à frente como atrás das câmaras, que começou oficialmente em 1997, quando Peter Jackson adquiriu os direitos cinematográficos dos livros «O Senhor dos Anéis» escritos por J. R. R. Tolkien que admirava desde a infância.
Um pequeno estúdio, a New Line, aceitou o que seria o maior e mais ambicioso projeto da história do cinema: a rodagem de três filmes em simultâneo com um orçamento de cerca de 281 milhões de dólares na Nova Zelândia por um realizador até então apenas conhecido por modestos filmes de culto de terror como «Carne Humana Precisa-se» (87), «Feebles, os Terríveis» (89), «Morte Cerebral» (92 e «Amizade sem Limites» (94).
A rodagem principal decorreu entre 11 de outubro de 1999 e 22 de dezembro de 2000, a que se seguiu uma prolongada pós-produção e só com a estreia de «A Irmandade do Anel» a 19 de dezembro de 2001, quando rendeu 47.2 milhões de dólares na estreia, se percebeu que a aposta estava ganha.
Seguiram-se «As Duas Torres» (02), um sucesso ainda maior, mas foi «O Regresso do Rei» (03), a receber os 11 Óscares destinados a coroar um feito único no cinema.
Sempre presente estava a questão: quando é que «O Hobbit» chegaria ao cinema? E em 2006 Peter Jackson confirmou a intenção de avançar com a adaptação do romance que antecedia os acontecimentos de «O Senhor dos Anéis», mas com Guillermo del Toro à frente das câmaras. No entanto, quando este abandonou o projeto por causa de sucessivos atrasos na produção em 2010, foi Jackson a avançar novamente para a liderança.
Uma nova trilogia, novamente filmada em simultâneo na Nova Zelândia entra 21 de março de 2011 e 6 de julho de 2012, para estrear um filme por ano: «O Hobbit: Uma Viagem Inesperada» (12), «O Hobbit: A Desolação de Smaug» (13) e «O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos» (14).
Existia só uma pequena diferença: Jackson era um cineasta consagrado, o sucesso do projeto estava assegurado e o orçamento era duas vezes e meio superior do de «O Senhor dos Anéis».
As duas trilogias deram a conhecer muitos atores, entre quase estreantes e veteranos. O SAPO Cinema reúne as principais figuras de «O Senhor dos Anéis» e «O Hobbit» para recordar o que eram antes de chegarem à Terra Média e o que mudou quando partiram...
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